quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

3 ocasiões em que a vida imitou a arte (e pagamos um alto preço)

Numa outra ocasião, eu expliquei que a humanidade não aprende mesmo, por maior que seja o talo resultante do murro dado na ponta da faca. E acredito que as coisas sempre foram assim. Hoje, eu descolei um tempinho pra mostrar 3 das diversas oportunidades que a humanidade teve para ficar calada, mas abraçou uma causa e o resultado foi catastrófico.

Werther e a onda de suicídios


O alemão Johann Wolfgang von Goethe publicou em 1774 sua obra, um marco do Romantismo na Literatura Mundial. O livro conta, através de cartas escritas por Werther endereçadas a um primo, como este se apaixona perdidamente pela jovem Charlotte (ou Carlota, dependendo da tradução). Ela, por sua vez, já é prometida de um outro homem. A vida de Werther não encontra maiores significados se não o de estar sempre ao lado de Charlotte.
Vendo que seus avanços são infrutíferos, ele se afasta dela e de seu prometido, mas não resiste aos impulsos da paixão. Cada "não", cada xingamento e mesmo cada bofetada acabam aumentando ainda mais essa paixão doentia. O protagonista, não vendo saída para a situação, pede uma arma de caça emprestada do noivo de sua amada e com ela tira a própria vida.

domingo, 23 de dezembro de 2018

I have a dream

"Baixa esse celular e me escuta, p*#@!"

Olá pessoas! Sonhando muito? Espero que sim!
Faz muito tempo que não escrevo em blog, que não pratico o texto mais longo e sem pressa de resumo, então peguem leve ao me achar um chato que vai mandar um áudio e te envia um podcast de 8 minutos de áudio e no final ainda fala "nossa, desculpa, me empolguei, perai que vou mandar outro mais curtinho terminando a história!" e manda um outro menor, de 5 minutos.
Mas toda essa ausência não foi toda em vão, tal qual papai noel, eu apareço uma vez por ano mas passei os outros 360 e tantos dias lendo cartinhas e chicoteando gnomos enquanto eles confeccionam brinquedos e roupas da Renner.

Recentemente encontrei um amigo que não via faziam pelo menos 4 anos, foi um momento muito legal e feliz, eu estava com minha digníssima esposa na estação de trem quando íamos passar as catracas e eu vejo-o prestes a passar das catracas ao sair do trem. Foi um abraço muito apertado e sem moderação de animação de duas pessoas que adoraram se ver. Ele estava vindo para a cidade para ir ao funeral de um tio mas mesmo assim ao me ver, um sorriso de um fã de um livro diante do autor não saia do seu rosto. Ele me perguntou como eu estava e como foram esses últimos anos desde que nos vimos, e por um instante eu desejei ser o Mercúrio (da Fox, não aquele bosta do Vingadores 2) e poder listar quais foram os acontecimentos mais marcantes e poder resumir em algo que eu pudesse desacelerar e contar em breves 3 minutos como se estivesse em um open mic, dando uma resposta mais satisfatória do que "ah cara, muita correria, né".

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Sentimento sem poesia

Você me deu flores de primavera
as borboletas que nelas pousaram, nasceram na minha barriga.
As flores murcharam
se decomporão
E eu boba, não queria deixa-las ir.

Não queria, porque junto não se decompôs o amor,
e assim se passaram as semanas.
Com minha primeiras flores murchas.
E talvez, só talvez...
Meu primeiro verdadeiro amor.

O que me fez depois de meses escrever numa noite de insônia.
Sem nenhuma rima ou métrica, porque sentimento nunca obedeceu regra.
Então porque logo o amor tentaria se encaixar nas formas de sofredores poetas?

Pois é, com isso ele não se interessa.
Prefere de mim fazer chacota com as flores mofadas.
Logo eu que nunca me apeguei a nada...

Fiquei presa.
No fim, elas foram embora.
Tinham que ir, mas não sem levarem de mim um pedaço
que me fez sentir por meses a dor de perde-las.
Uma dor que talvez com o tempo possa ser curada só por lembrar que pude tê-las.

Afinal, você me deu flores...
                                     

                                                      Raíra




quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Heavy Rain - Artigo


Demorou um bom tempo para que jogos de videogame fossem considerados arte. Eu entendo esse (anterior) impasse. O cinema também demorou para obter esse título, mas hoje é conhecido como "a sétima arte". Isso até a concepção de "Cidadão Kane", o filme que provou que o cinema é uma arte.

Com os videogames, a coisa demorou um pouco mais. Muito mais. Mas nós, gamers, também tivemos nosso próprio Cidadão Kane: "The Last of Us". Desde então, as pessoas começaram a entender que videogames contam uma história, assim como um livro ou filme. Claro, não estou dizendo que Pitfall é melhor que Mogli, nem que Enduro é melhor que Velozes e Furiosos, mas o ramo dos games evoluiu a ponto de ganhar temática, enredo e até moral, portanto sim, games são arte e defenderei isso até o fim de meus dias.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Parabéns, Bruce Lee


Bruce Lee completaria 78 anos hoje, se estivesse vivo! Seu marco na história (na minha simples opinião) foi muito além das glórias nas artes marciais, muito além das habilidades do seu corpo, muito além dos anos de treinamento. Ator, diretor e, especialmente, mestre das artes marciais... Embora sejam ótimos atrativos, ele não era só isso.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Bier e a Blitz

Precisamente ontem fez um ano que isso aqui aconteceu, e eu prometi aos meus amigos que ia fazer uma postagem detalhando o causo aqui no blog.


Naquela semana, os canais do Telecine estava aberto para os assinantes da (Oi, Claro, Vivo, Net TV?, eu não vou propagandear pra nenhum dos lados. Só se rolar uma graninha) TV paga...

Estava vendo um filme (Deadpool, que eu estava me devendo), e tinha acabado de assistir Dr. Estranho.  Mas a falta de sorte resolveu aparecer. No início do segundo filme, senti uma coceira na perna.






"Só uma coceira", eu pensei. Preferi me manter indiferente ao desconforto, porque eu não queria ficar me devendo mais uma vez o filme do Deadpool. (Eu não sabia que a Fox ia exibir esse filme mensalmente em 2018, não tinha nenhuma garantia de quando poderia vê-lo novamente.)

1h da noite, eu tava numa boa, então, repentinamente...  a coceira virou uma dor (não lancinante, mas) preocupante. Coloquei a mão na perna e senti: uma maldita lagarta perambulou pela minha calça e picou minha perna.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Aqui jaz uma amizade



É engraçado como certas modas funcionam. Precisamente ontem, perdi uma amizade antiga, e devo esse favor ao Facebook. É uma linda história, até que um (ex)amigo meu meteu a colher onde não devia. Em respeito a essas duas amizades, não colocarei nomes aqui, mas a história fica.


Aliás, moça, eu tenho certeza de que você não vem mais aqui, muito antes desse bafafá. Só que essa porra desse blog é meu, e eu escrevo a desgraça que eu quiser. Se fizer o mesmo, pode deixar o link do seu blog ali nos comentários. Mas duvido. Duvido, porque eu sei que você não se importa. Se se importasse, não teria feito o papelão que fez!

Adiante? Não, atrás: foi ontem!

(Insira uma referência a Chaves aqui)

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

About Raíra!


Vocês sabem que dia é hoje?
Sim, hoje é 13 de setembro. E é uma tradição aqui do blog cumprimentarmos a Raíra por mais um aniversário!

Tem tantas coisinhas boas acontecendo ao mesmo tempo em 2018, que às vezes fica difícil deixar o blog atualizado.

Mesmo assim, vale a pena dar uma conferida no que ela produziu pra a gente neste canto virtual tão surrado pelo tempo, mas muito forte graças a vocês!




Em setembro do ano de 2017 (após a singela homenagem que fizemos), ela iniciou sua série As Crônicas de Nashtar.

Teve muitas tirinhas baseadas em Doctor Who, série da qual ela é (a maior) fã!






segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Um papo sério sobre os videogames e a violência.

Eu peço primeiramente desculpas por estar deixando de lado este blog por tanto tempo. Sou uma pessoa mais desorganizada que o normal e acho realmente um milagre alguém vir até este blog ainda. Mas se você estiver lendo isso, deixa um comentário, me liga, quem sabe não descolo um brinde pra você.

Outra coisa que eu ando adiando há algum tempo é um texto sobre a violência e os jogos de videogame. (Ou será que eu já escrevi? Cacetada essa minha longa ausência, viu?)

Em um dos episódios mais trágicos recentes, na data de ontem (26/08/2018), um jogador de videogame não aceitou sua eliminação no torneio de Madden NFL 19 (o jogo oficial de Futebol Americano da Liga) e abriu fogo contra outros participantes.

Segundo a polícia local (Jacksonville, Flórida),  o atirador foi identificado como David Katz, um jovem de 24 anos,  de Baltimore, Maryland. Ele feriu nove pessoas, matou duas e se suicidou.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

A primeira vez que a SNK foi vendida

O ano é 2000. No fliperama, alguns de nós debatíamos o futuro da SNK, já que o rumor dizia que a SNK havia agendado o fechamento de portas. Entre esses jovens, este que vos narra.

Eu estava aborrecido com a notícia. Logo a SNK? Ela, que me divertiu tanto com a série The King of Fighters? Claro, eu adorava as outras séries, mas KOF estava acima de tudo.

Enquanto revesávamos rounds no KOF 98, Cid e Warg conversavam comigo sobre as possibilidades. Havia alguns contras a esse rumor: CAPCOM vs SNK por exemplo. O jogo marcava uma realidade onde lutadores dos dois universos se conheceram, como se fosse um único universo. Ryu, Ken, Chun Li e companhia trocavam golpes com Kyo, Iori, Mai e outros, com direito a aberturas especiais, referenciando supostas amizades e inimizades entre lutadores das duas franquias.

CAPCOM vs SNK era um sonho se tornando realidade. Certamente envolvia questões como direitos autorais, o que implica em lucros, verdinhas, tutu, faz-me-rir, cifras e cifrões. Logo agora, a SNK estaria falida? A CAPCOM ficou com uma fatia muito maior desses lucros?

Nessas épocas, o Orkut estava em alta. Me lembro de mergulhar as possibilidades nas comunidades. Inclusive levantando a possibilidade de a CAPCOM também estar mal das pernas. O resultado disso foi engraçado. 

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Causos da Raíra - Causos de Infância


Oi Pessoas! Oi humanoides!
Hoje trago uma proposta diferente, esse causos não virá temperado com o humor comum. Por que entre outras coisas não é comum, digo isso me referindo ao tipo de causos que costumo compartilhar com vocês. Também espero que assim como não é comum escrever sobre isso, espero que esses causos não sejam comuns um dia, assim como todos os outros, que se tornem mitos como tantos outros crimes se tornaram.



Eu tinha 5 anos, lembro pouco desse episodio. Estava ensaiando para a minha primeira quadrilha junina. Estava animada, apesar de sempre ter sido introvertida, nessa época era mais aberta, a professora dividiu os pares, e me colocou junto com um garoto que era duas vezes o meu tamanho quase.

Nós seguimos as instruções da professora, quando dançava comigo ele apertou muito forte minha mão, ela doeu,  eu falei " você está me machucando, para". Não acho que a professora veio em nossa direção ou algo assim, acredito que ele tenha parado. Se fez, logo começou de novo porque lembro de falar " se você fizer isso de novo quando a gente se apresentar, vou deixar você sozinho no salão", isso me lembro claramente.

Chegou o dia da apresentação, minha família estava presente assim como a dele, não me lembro se disse ou não a professora o que tinha acontecido no ensaio, começamos a dançar, e ele de novo apertou muito forte a minha mão, larguei ele no meio da apresentação, com raiva, e fui a mesa da minha família. 
"Você não pode deixar a apresentação na metade, volta lá"- disse a minha mãe, eu contei a historia e ela logo me deixou quieta, não insistiu mais, não me lembro dela ter feito algo além disso.




Dessa vez eu possuía 7 anos, estava na casa de uma prima durante as ferias, ela ainda estava em aula e tinha uma festinha na escola, logo fui convidada a ir. 
Mas existia um pequeno problema, eu não tinha nenhuma roupa de sair, não tínhamos pensado nessa possibilidade ao fazer a mala. Minha tia logo sugeriu que eu usasse uma das saias de minha prima, que tinha 5 anos, ela tinha uma saia que era grande demais nela, e coube em mim, apesar de ficar muito curta.

Na festa brinquei bastante, lembro de brincar muito com um menino, eu estava simpatizando com ele, até que ele me chamou de vadia. Acho que ele tentou me agarrar, ou agarrou minha saia,  não lembro bem, mas lembro dele ter falado que eu era vadia porque estava usando uma saia muito curta.

Também lembro de voltar para a casa da minha prima chorando de raiva, e muitas outras coisas que são tão difíceis de se explicar ou de se entender para uma menina de 7 anos. 
Sei que a minha tia não viu maldade alguma ao me emprestar aquela saia, porque ela me via exatamente o que eu era, uma criança.



Então voltaram as aulas, e fui a escola.
Um garoto novo entrou na nossa turma, lembro que ele era gordo, usava o cabelo tipo tigelinha de um loiro acobreado, fui receptiva assim como todos da turma apesar de nessa idade já estar um pouco mais retraída.
Num dia fiquei até mais tarde na sala de aula depois do toque para o recreio, não lembro exatamente o porque, ele também ficou.

"Me dê um beijo"- ele falou, e não estava pedindo, eu ia sair, ele me segurou o braço com força, ele estava na frente da porta. Dei um chute com toda a força que tinha no saco dele.
Ele me largou e se encolheu no chão se contorcendo de dor, lembro de falar "se você contar a professora ou a diretora o que aconteceu, espalho que você chora como uma menininha". 
Eu falei porque acreditava que seria punida, não sei porque pensei isso, mas queria que hoje fosse diferente.



Esses causos não foram vividos por mim na adolescência, ou agora na fase adulta. Se passaram na minha infância. Foram crianças que agiram dessa forma, e crianças não costumam fazer muito além do que aprendem com os pais e com a sociedade. então creio que merecem uma reflexão. Acredito que todos podemos ser melhores exemplos do que os que esses meninos receberam.


sexta-feira, 15 de junho de 2018

Cronicas de Nashtar - 3

- Quando você se tornou real?- foi a primeira coisa que lhe ouvi falar após sairmos da cela, já estávamos no túnel.
       
             Não sabia se era minha ânsia por tê-lo ou a emoção da fuga inusitada que de alguma forma tornou tudo um pouco semelhante demais a um delírio. Não respondi, mesmo que tudo fosse um grande absurdo aquilo já era um pouco demais.

Estávamos no meio do túnel, a sirene tocou em algum lugar na prisão.

- Eles vão perder um pouco de tempo revirando na prisão, mas não temos muito tempo a perder. - disse tentando me manter focada - Conhece alguém que poderia me ceder um barco?

-Não.

"Certo, lá vamos nós de novo à pirataria. Merda!"  pensei, avançando rapidamente para o fim do túnel.

           Uma alavanca na parte interior do túnel me permitiu abrir a passagem em frente a estatua, Heitor ficou um tanto pasmo quando viu onde saímos.

- Em frente ao governador?!- perguntou num tom de surpresa irônica.

- A principal regra para fazer passagens secretas é sempre fazê-las num lugar fácil de lembrar. Vamos!- disse apagando a lamparina, aquela luz poderia ser vista por um guarda mais atento na torre de vigia. E a sirene deve ter acordado qualquer espirito no subterrâneo, não podia contar que não acordasse um guarda.

          O caminho pela costa era íngreme, o escuro da noite tornava ainda mais complicada a caminhada, meus pés foram castigados pelas pedras e não era difícil acabarmos topando com arbustos, apesar da luminosidade da lua. Eramos uma dupla atrapalhada numa situação complicada. Hector segurava minha mão com força, parecia acreditar que eu poderia sumir na escuridão a qualquer momento, como uma miragem vista na neblina da noite escura. Em 20 minutos descemos a encosta, os guardas na cidade estavam em polvorosa.

-Precisamos chegar no porto! - disse reflexiva, ninguém esperaria o roubo de um navio no meio de uma fuga, a cidade não possuía tantos guardas assim para continuar a defender o porto.

-Sei de uma caverna a poucos minutos daqui que sai no mar próximo ao porto, você consegue ficar submersa por 5 minutos?

-Não

- Você vai precisar evitar se mexer, assim seu pulmão vai ficar com ar por mais tempo, Vou te puxando.

- Tudo bem.

           Chegamos na caverna no tempo estimado, já podíamos ver o lanternas se aproximando, seguindo nossos rastros ainda um pouco próximos da estatua do governador.


-Vamos! - Disse Hector apressado.

             A caverna era estreita, uma fissura numa elevação da encosta, tornava impossível que das pessoas andassem lado a lado. caminhamos por 15 minutos, Hector em minha frente segurava minha mão com força. Até que a caverna se ampliou e nos encontramos numa parte com o teto alto, e uma lagoa profunda de um azul intenso, a água dava uma luz bruxuleante ao teto com o mais suave movimento.

Estava congelante.

           Foi a primeira coisa que pensei antes de ficar submersa, meus dentes chacoalhavam com vida própria, nos encaramos tomando coragem um do outro, e assim ele me deu uma das mãos e me levou para o fundo. A água era tão escura quanto a caverna, mas envolta pelo mistério que envolve toda a profundeza submarina preferi me manter no visível ao invés das sombras, existia uma luz azulada em nossa frente, que cada vez ficava maior, meu pulmão reclamava por ar, mas ele estava certo, não me mover ajudava. Apesar de me sentir levemente sufocada e cada vez mais sentir essa falta de ar. Estava consciente. e se tratando de um mergulho tão longo aquilo era muito, mas meus olhos estavam cada vez mais pesados, e me sentia esmagada pela falta de ar. A luz estava mais próxima.


            Meus pulmões doíam e buscavam desesperadamente o ar. então, finalmente emergimos da água, arfei em busca de ar por alguns minutos, até que finalmente minha respiração relaxou e pude ver onde tínhamos saído. 
            Era uma gruta a beira mar, apesar do porto ser visível da gruta, eles não possuíam uma boa visão devido a uma grande rocha de um cinza pálido, na lateral que a escondia.

- Está melhor?- disse Hector, me encarando com uma certa preocupação, seus olhos brilhavam com a luz da lua.

-Sim, vamos- disse, enquanto levantava do chão da gruta.

          O porto estava mal iluminado, exceto pelo farol de sinalização e as lamparinas carregadas pelos vigias, não existia nada de realmente preocupante.

- Como você pretende roubar um navio? - Perguntou ele meio absorto, a Frota era conhecida por sua rapidez, se simplesmente roubássemos logo seriamos pegos.

- Não se preocupe com isso, preciso que fique de vigia.
créditos: http://naviosenavegadores.blogspot.com/2017/08/

disse subindo no primeiro navio, um lindo bergantim, logo, soltei o controlador do leme, agachada atras da amurada da popa, a escuridão era uma boa aliada apesar de traiçoeira, era dificil soltar os parafusos apenas com uma faca.

             Foi mais simples tirar o timão, o encaixe de madeira era quase primitivo.

            Desci pela corda que amarrava o navio ao pier, com o timão pendurado no braço e um sorriso irônico a minha espera.

- Você não pode estar falando sério...

-Sim, estou. o plano é fazer isso com os navios mais rápidos da frota, exceto o Henry Morgan. Vamos nele.


- Vamos roubar o Henry Morgan?! - disse Heitor incrédulo com um sorriso nervoso.

              Conseguia entender sua incredulidade, o Henry Morgan, debaixo do luar mostrava ainda mais a sua imponência, nem a mais escura noite poderia esconder a obra prima da frota de Almíscar. O motivo de todo o tesão do sádico governador Timote III. 

- Sim, agora pare de falar e me ajude.

              E assim sabotamos um a um os três navios mais rápidos da frota, os únicos que talvez pudessem nos alcançar, se o Henry Morgan não fosse a joia que era. Os guardas estavam começando a intensificar a guarda do ´porto, a escuridão deixava aos poucos o céu, enquanto chegava a penumbra, a sombra do que era a noite.Embarcamos no Henry Morgan, um lindo galeão com o casco modificado para ser mais leve, mais rápido. Sem o véu negro da noite, o sono e pouco movimento do porto, logo fomos identificados.

- Invasores! No Henry! Rápido! - gritou um dos vigias, enquanto marinheiros apressados embarcavam o Anne Bony, outros lhes atiravam com as pistolas.

Logo que começaram a içar as velas e tira-lo do pier, descobriram a falta do timão.

- Sua filha da ****!!!! Porcos imundos!!!- e mais tantos outros carinhosos elogios foram ditos pela tripulação.

              Com o tempo que gastaram a organizar o Anne para a saída, nosso henry já estava tão afastado da costa que ela começava a ficar diminuta, estávamos entrando em alto mar. E o sabor da gloria e das promessas de luxuria me deixavam com água na boca. Enquanto guiava o timão observava Heitor na amurada da proa.

-Vou checar o que temos de estoque- disse ele largando sua divagações enquanto aproximava-se da entrada para a os aposentos do capitão.

                 Não demorou muito, o som de porcelana quebrando veio aos meus ouvidos, junto com o som do aço batendo contra aço. Lentamente, saiu com as mãos levantadas, a ponta de um mosquete pressionada levemente na garganta.

-Obrigada por roubar o Henry Morgan por mim... - disse  a Imperatriz.


sexta-feira, 4 de maio de 2018

Coisas que me irritam profundamente em Overwatch!


Desculpem, pessoas! Eu andei tão atarefado nos últimos tempos que nem dei as caras por aqui. Só produzi postagens quebra-galho para o Reflexão Nerd (que faço com meu amigo Schell) e algumas análises de games para o site do Jogo Véio. E como este blog é um exercício do meu ego, eu me coloco em segundo, terceiro, até último lugar na hora de escolher sobre o que postar.

Deixando de longas milongas, aqui vai uma pequena lista de coisas que me aborrecem no meu FPS cooperative favorito: Overwatch!

HEADSHOT!


Ai! Não importa qual o cenário, Hanzo e Widowmaker adoram tentar arrancar a cabeça do meio dos seus ombros. É impressionante a distância que a Widow consegue atingir você, quando na sua tela ela ainda é um único pixel de cor preta praticamente no fundo do horizonte do seu campo de visão. Uma luz avermelhada acende em direção à sua tela e... já era, você não pode ganhar um terceiro olho e continuar vivo. Caraca, Snipers! Juram que precisam jogar tão sujo?
O mesmo se aplica a uma Phara que cisma em um único alvo.

terça-feira, 10 de abril de 2018

Parabéns Marina!!!

Família...

família é uma palavra muito importante, para algumas pessoas se resume em uma sequencia de características genéticas semelhantes, para outras família significa pessoas semelhantes a si, que possuem os mesmos gostos e personalidade semelhante.

Bem, para mim família não significa nada disso.
Família é uma escolha.

Nossa família são as pessoas que escolhemos amar de forma altruísta, e nos dedicar, para que essas pessoas possam crescer, e serem justas, belas (de todas as formas), e justas.

Você Iaci, é minha irmã, minha família. Não porque algo tão casual quanto o DNA, escolheu que assim fosse, mas porque você escolheu assim como  escolhi, me amar e se dedicar de forma incondicional ao meu crescimento e meu bem.

Não poderia ser de outra forma, quem nos conhece sabe que somos superficialmente tão parecidas quanto fogo e gelo, rsrsrsrs. Mas ainda assim temos nossas semelhanças, porque escolhemos nos amar.

E por esse seu jeitinho abusado... Teimoso, folgado, preguiçoso (pensando bem agora vc se parece até demais comigo...) e tagarela (bem nem tanto...)... Minha querida pirralha que hoje faz 20 anos...

Eu digo  novamente, que te amo minha irmã!!!!
E tenho muito orgulho da mulher, dedicada, carinhosa, amorosa, e companheira que você vem cada vez mais se tornando.

Não que eu tenha nada haver com isso!

90% do mérito é seu por saber ouvir (mesmo com a teimosia), se dedicar, e ter coragem e persistencia para mudar.
10% eu me dou por puro excesso de humildade...

Tenho muito orgulho de você minha eterna pirralha!!!!
Te amo muito!!!

    FELIZ ANIVERSÁRIO!!!!!



terça-feira, 3 de abril de 2018

Saudades de mim?!

Oi pessoas! Oi humanoides!

Sim, eu sumi,
Não ninguém me sequestrou para roubar meus órgãos.
Ainda estou vivinha da silva, da perreira, ou da costa. Então não precisam se preocupar, o que acontece é que estou numa fase de conclusão de curso, o que me faz queimar muitos neurônios com aquele monstro mítico que foi nomeado de TCC. Como os neurônios andam escassos por aqui, estou me limitando a usa-los unicamente para zerar esse jogo derrotando o chefão que é chamado assustadoramente de "A BANCA".

Então apesar de não poder dizer que estou REALMENTE bem...
Ainda estou com juízo o suficiente, meus circuitos ainda funcionam, apesar dos lags e total destruição de alguns parafusos, logo logo estarei de volta, renascida das cinzas como uma fênix.
Ou talvez como a Dercy... (nunca se sabe)


Até mais humanoides!!!!

!

sexta-feira, 9 de março de 2018

Forma Humana

As vezes penso porque essa forma?
O que justifica essa forma, porque dois braços, duas pernas?
Porque devo acreditar que tenho semelhança com o Deus?
Tudo é simbólico, sendo assim qual o significado do simbolo que é o corpo humano?
Qual o sentido em ser assim? Porque tem que ser assim?

Se você está querendo uma conclusão no fim desse texto é melhor parar aqui, no geral não gosto de concluir nada. Pensamentos são belos, mas as coisas mais belas costumam ser as que se permitem ser e não ser. Concluir uma ideia é assassinar possibilidades.

As coisas mais bonitas parecem ser as que nunca foram, nunca existiram...

Se você continuou então ficou por sua conta e risco.

A essência é uma só coisa, então porque devo ver sentido nesse corpo?
Qual a utilidade de me apegar a isso? Quando nada mais é do que uma matéria estranha que nos prende a o que chamamos de realidade, não poderíamos ter outra forma?

Se não, então porque exatamente essa?

"Do que você está reclamando somos a especie mais inteligente do planeta!"

E no que isso foi útil? uma especie que descrimina os seus iguais e que não pode confiar em ninguém para que possa existir uma razoável paz social. Qual a utilidade de ser humano?

Dessa especie egocêntrica o suficiente para acreditar que é o centro da vida no planeta?
Que é a imagem de um Deus, que é feita de estrelas.

Para quê serve o homem?
Qual o sentido da humanidade? O que é realmente ter humanidade?

Sim, realmente ter. Porque um ser que nasce, cresce, sobrevive, procria, e morre é um animal. A maioria dos homens são animais, preferem excluir de si tudo o que os faz se aprofundar, preferem ser rasos, tem medo do que vive neles no escuro.
E isso não é necessariamente ruim, é uma escolha, a escolha pela ignorância. Muitos se julgam por isso, essas pessoas não sabem que quem escolhe se aprofundar nem sempre teve essa opção.

A ignorância pode não trazer a verdadeira felicidade, mas lhe protege de sofrer com a certeza.

A duvida é um pesadelo horrível, mas não existe se você nunca pensou.

Mas mesmo assim, de alguma forma algo em mim me fala que é muito triste morrer sem nunca sequer abrir os olhos.

Então, porque do ser humano?
O que é o homem?

quinta-feira, 8 de março de 2018

Para a mulher que eu amo...

Você sabia...
...que eu queria morar mais perto de você?
e que se tem algo que eu me arrependo...
... é que eu tenha feito tão pouco parte da sua vida.

Você sabia...
... que todos os nossos encontros me deram muito,
encheram meu peito, e não saem da minha cabeça,
todos os momentos, cada segundo,
tudo que tive contigo valeu-me como o ouro?

Eu queria que você soubesse...
...o quanto a tua voz aquece meu corpo;
...o teu olhar acelera meu coração;
e o teu sorriso coloca mais sentido
no que eu chamo de viver.

E que soubesse...
Que os meus olhos sempre tentam imitar o brilho dos teus.
E quando meus olhos te encontram, dilatam,
como se tivessem fome de todo o teu ser,
e quisessem que você não saísse mais de dentro deles.

E quero que saiba...
Que a minha mão suou em contato com a sua.
Minha respiração precisou de toda a minha atenção
pra não desritimar.
E que quando a abracei, eu não tive medo...

...do céu, das nuvens escuras, do apocalipse.
Porque você estava em meus braços!
Você, envolta por eles, me ilumina.
Me dá forças pra continuar.
Enquanto não nos encontramos,
até nosso próximo momento juntos,
Eu vou continuar a lutar.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Essencialmente...

Não preciso dizer teu nome.
Não quando tua alma está gravada em tudo em mim,
Não preciso que me fales
se teu olhar já me revela o infinito.

O que pode ser mais importante do que sentir tuas palavras não ditas?
O que são as palavras?
São pobres diante da tua essência.
E miseráveis diante do meu amor.

Meu amor não precisa de palavras
É instintivo
Se regojiza ao sentir teu cheiro,
se alegra ao minimo toque em tua pele
Suspira e se encontra no teu olhar.

Ele não é primitivo
Ao contrario,
meu amo por ti é a evolução da minha alma.
Transcende qualquer sentimento baixo,
torna-me perseguidora do bom, belo e justo.

Nada poderia lhe ser dado além do sublime,
da melhor forma que pode ter minha alma.
Não quando teu amor me move aos propósitos de minha existência
A essência do que é a humanidade.

Sabes o que é sentir dessa forma?
Tu que moveste minha alma para dentro da tua?
diferente dos românticos, não deixei de viver com tua saudade...
Vivo mais só por ter a consciência da tua existência.

Meu amor me alimenta
por isso não te preocupes,
como melhor do que qualquer Rainha.
Sou uma hospede terna de meu coração.
que espera com ânsia e alegria,
 o momento de novamente contemplar o divino no teu sorriso

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Você conhece a equipe Jogo Véio?

Conhece? Não conhece?


Ok, eu explico: o projeto é orquestrado pelo mestre e jogador véio Eidy Tasaka, que começou em um humilde blog (como este) e recrutou uma galera de peso para ajudar a aumentar o arsenal de textos. É como se o meu sonho se realizasse... pra ele!

"Tá, Bieróvisky! E que diabos eu tenho a ver com isso?"
Acalme-se, pequeno gafanhoto. Acontece que meu brother Pi de Pimenta me sugeriu entrar em contato com o mestre Eidy oferecendo meus serviços como resenhista de games. Mandei um e-mail para a equipe, alguns membros avaliaram meus textos (aqui no blog, no famigerado Nerd Way of Life, e no Reflexão Nerd, que faço com muito orgulho com meu grande amigo Schell).

Os caras aprovaram meus textos e agora sou um de seus colunistas! Não é demais?
E minha primeira publicação foi postada ontem! Falei sobre o primeiro RPG eletrônico que terminei: Phantasy Star! E... bem, Henrique, essa vai pra você! Foi o jogo que nos aproximou e nos tornou grandes amigos, então aqui vai o meu abraço!

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

N.D.A.?

Que queria ser mais sábio.
Queria ser mais poético.
Queria ser mais filosófico.
Queria ser mais respeitado.
Ou todas as alternativas acima.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Opinião de Facebbok

Opiniões sempre causaram polemica, mas creio que não tanto quanto nesse tempo...

Porque Raíra? O que mudou?

Num mundo em que tudo é troca de informação e em que somos bombardeados por tantas noticias diferentes e uma posição sempre é cobrada, não costumamos ter tempo para digerir a informação.
E mais do que isso parece que cada vez mais não temos tempo para formar nossa própria opinião, deixou de ser comum refletir sobre algo, nesse mundo super acelerado é mais natural escolher um lado "a" ou "b".
Mas porque passar por isso?
Porque é necessário ter um posicionamento?
Uma opinião?

Bem, creio que a opinião deixou de ser algo para se defender, algo que reflita valores. Nesse mundo em que tudo se resume a externação e informação, opinião é um objeto de ostentação e não de princípios.

Por isso não é incomum ouvir médicos defendendo a pena de morte, mulheres com discursos machistas, não importa a aplicação pratica. Por que a função não é debater ideias e aprender com a discussão e diferentes argumentos que sustentam as opiniões.

Não, senhor!!!

A opinião virou aquela bolsa da chanel para ser exibida com orgulho!
Não existe necessidade de refletir sobre o imposto absurdo cobrado pela marca, ou sobre onde e por que tipo de mão de obra ela foi fabricada.

Nesse mundo superficial a unica coisa que importa não é resolvermos e compreendermos nós mesmos através dos debates e discussões.

É poder conseguir os likes que nos dizem o quanto somos importantes e trucidar qualquer um que não pense de acordo, viramos uma sociedade de preto ou branco. E esquecemos os 100.000.000.000.00 de tons de cinza. Paramos de usar a empatia para compreender s motivos e opiniões dos outros, precisamos massacrar a ter tolerância. E ainda achamos que os nazistas eram monstros, mas em essência não acho que hoje somos tão diferentes assim deles.



quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Primeiras impressões: Mestre Zeku - Street Fighter V

A CAPCOM está mesmo sabendo como ganhar dinheiro. Possivelmente sua maior fonte de renda está sendo o (ainda) inacabado Street Fighter V, enchendo gradualmente a tela dos jogadores mais ansiosos de personagens, roupas e cenários especiais. Claro, não é necessário que o jogador use toda a sua caixinha da PSN, ou faça um rombo muito feio no cartão de crédito do papai, já que a CAPCOM também brinda seus jogadores com Fighthing Points (ou sei lá como se chama isso), que são pontos que se ganha fazendo determinadas tarefas que são semanalmente atualizadas. Um personagem novo ou um cenário decente custam 100.000FP cada. Das tarefas que citei aqui, a mais "lucrativa" dá até 5.000, uma belíssima maneira de aumentar o fator replay do jogo.


Nas últimas atualizações de 2017, a CAPCOM disponibilizou ninguém menos que o Mestre Zeku. Quem? Bem, Zeku fez uma única aparição secundária em Street Fighter Alpha 2:


no final de Guy.