segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Um papo sério sobre os videogames e a violência.

Eu peço primeiramente desculpas por estar deixando de lado este blog por tanto tempo. Sou uma pessoa mais desorganizada que o normal e acho realmente um milagre alguém vir até este blog ainda. Mas se você estiver lendo isso, deixa um comentário, me liga, quem sabe não descolo um brinde pra você.

Outra coisa que eu ando adiando há algum tempo é um texto sobre a violência e os jogos de videogame. (Ou será que eu já escrevi? Cacetada essa minha longa ausência, viu?)

Em um dos episódios mais trágicos recentes, na data de ontem (26/08/2018), um jogador de videogame não aceitou sua eliminação no torneio de Madden NFL 19 (o jogo oficial de Futebol Americano da Liga) e abriu fogo contra outros participantes.

Segundo a polícia local (Jacksonville, Flórida),  o atirador foi identificado como David Katz, um jovem de 24 anos,  de Baltimore, Maryland. Ele feriu nove pessoas, matou duas e se suicidou.



Já tem alguns meses que o presidente Norte-americano Donald Trump declarou à mídia sua opinião sobre os videogames. Trump culpou os videogames nas últimas semanas por tornar as crianças mais violentas: "Estou ouvindo mais e mais pessoas dizem que o nível de violência nos videogames está realmente moldando os pensamentos dos jovens."

Polêmica e radicalismo vendem, né pessoal?

Agora vamos combinar os fatores: a notícia atual + videogame jogado:

Isso aqui: 


Pode causar isso aqui:
(Cena das câmeras do Massacre de Columbine)

?


Embora razão e ação não se completem ao caso, parece que vai sobrar polêmica barata, já que o atirador estava na competição e deliberadamente abriu fogo contra outros jogadores. 

Para as empresas de games e para os jogadores, parece que a sorte foi lançada (de novo, já que estamos bastante cansados de sermos culpados pela estupidez humana).

Mas vamos lembrar que: o porte de armas é constantemente discutido entre quem pede um controle maior de sua venda e quem defende seu direito constitucional de ter acesso a elas, nos Estados Unidos.

A Flórida foi alvo de uma série de ataques a tiros, nos últimos anos. Em 12 de junho de 2016, 49 pessoas foram mortas em uma boate gay em Orlando. Em 2017, outras seis pessoas morreram em um tiroteio no aeroporto de Fort Lauderdale. E em 14 de fevereiro deste ano, 17 morreram em um massacre na escola de ensino médio Marjory Stoneman Douglas, em Parkland (norte de Miami).

Desses três eventos, apenas o último tem indícios (nenhuma prova, pelas indícios) de alguma influência externa, como cinema ou videogames. E volta a pauta a discussões em todo o território norte-americano sobre a necessidade de um maior controle do acesso às armas.

Faço as seguintes perguntas a quem defende a ideia de que o videogame influenciou essas pessoas:
1) Você já jogou videogame?
2) Quantos estilos diferentes de jogos você conhece?
3) Antes dos videogames, o que causava os massacres e atrocidades provindos da população armada?
4) Proibir videogames vai acabar com os atos barbares ou a política de armamento deveria ser melhor adequada?

Infelizmente para nós, a violência é uma realidade. E sim, ela é abordada nos videogames. Mas ainda arrisco dizer que a grande maioria dos jogos coloca você no caminho do bem, ou dá ao jogador a livre escolha de ser o que se quer ser.


Atualmente, eu terminei  Heavy Rain, um jogo onde o objetivo é encontrar um serial killer. O jogo é bonito (graficamente), merece uma resenha, trata de um gênero no mínimo interessante: investigação e ação. Violência? Sem dúvidas, com alguma censura, já que estamos falando de uma série de assassinatos, tortura e da análise de uma mente doentia. Mas só quem jogou sabe o quanto valeu a pena.


Antes disso, joguei muita coisa bonitinha, como Zelda - Ocarina of time - que trata de uma fábula de um universo único da Nintendo.

Jogos de esporte também devem estar isentos dessa acusação de estimular a violência, não é?
Porque, digamos, um esporte saudável, como o futebol, não estimula a violência, mas...


Resumindo, talvez seja uma questão de prepararmos nossos jovens para certas coisas da vida, como a decepção. Acredito que nenhum ser humano consiga chegar aos 14 anos de idade sem ter de lidar com isso, certo?

Quanto ao armamento do cidadão de bem, ele é uma utopia. Porém, a proibição colocará a certeza na bandidagem de que as residências estão abertas ao roubo. A política de distribuição de armas, por outro lado, mesmo que muito bem restrita, pode acabar mal.

Por quê? Porque a saída sempre foi a educação. Não só a da escola, mas aquela que recebemos de casa. Ensinemos nossos filhos e até nos eduquemos: perder faz parte de jogar. Vocês que têm filhos, irmãos ou que ainda pretendem dar esse fruto à sociedade, não se esqueçam de educar para isso. Para se superar frustrações.

Uma coisa vocês podem ter certeza, ninguém quer estar na pele dos pais de David Katz. Ele não é um reflexo do armamento fácil, mas sim de poucas influências positivas em sua vida.

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