terça-feira, 11 de agosto de 2009

As Crônicas Tibianas - Cap. 1

O Despertar

Vivemos em uma era medieval e mágica. Magia. Essa é força da criação de nosso universo. No nosso planeta, três capitais humanas: Venore, Carlin e Thais.

A primeira é a cidade da superação, pois foi construída sobre um pântano, com estruturas estreitas, que nos auxiliam em batalhas e invasões.
A segunda é a cidade de carniceiros. Não se anda com segurança durante o dia, tampouco à noite.
A terceira é a capital do comércio. Ali, encontramos tudo o que se precisa e muito do que nem se precisa. Aos que recebem esta mensagem, saibam, eu vivi em Venore e apenas passei pelas outras cidades. Não se ofendam se vocês moram em quaisquer outras cidades, pois só estou repassando o que ouvi a respeito de todas.

Permita-me, amigo leitor que eu fale de mim. Como todos do meu mundo, nasci na Ilha de Rookgard. Mas você não precisará lembrar desse nome. Ali, cheguei à luz, treinei com uma espada e conheci meu melhor amigo, do qual falarei muito durante esta narração. No subsolo da ilha de Rookgard enfrentamos a mítica criatura chamada minotauro, e dela retiramos um escudo. Passaram-se oito longos anos nessa ilha. Chega, então, o momento em que abandonei minha irmã adotiva e meus três irmãos em dinastia, e parti com meu companheiro Andrezinho, como servos da justiça.

Minha irmã Alys decidiu ficar em Rookgard para sempre. Dizia-se professora e queria ajudar a todos os que ali viviam. Compreendi seu desejo e o permiti sem relutar.

De meus outros irmãos... prometo que falarei mais tarde.

Andrezinho e eu chegamos então à Ilha do Destino. Essa era cercada por quatro templos, a cada qual treinava-se para uma vocação. Saímos do porto e contemplamos a beleza de cada templo.

Em nossa direita estava O Templo da Magia, onde estava uma maga muito poderosa.

Em nossa esquerda estava O Templo da Natureza, onde havia um ancião com um cajado. Ele parecia dormir.

Ao norte havia mais duas construções.

Um era um forte de madeira com vários alvos para flechas. De lá, um certo caçador nos observava, como se enxergasse de muito longe.

O outro era semelhante a um castelo. Dele ouvíamos o som do metal em atrito.

Os templos me fascinaram. Já Andrezinho encantou-se com o som da luta. Decidimos nos separar temporariamente.

Dentro do Templo da Magia, Estrella adotou-me como pupilo. Ela me enviou ao subsolo do templo e me fez dominar a magia. Lutei contra criaturas apavorantes e entendi que a luta, dada a vocação, exigiria mais intelecto do que força física.

Passou-se um ano e minha mestra entregou-me o cajado Vórtex. Ensinou-me que, partindo daquele momento eu seria um dos principais auxiliares do grupo, representando a sabedoria. Eu carrego, desde então poder suficiente para a destruição. Se eu trilhasse meu caminho com sabedoria, saberia exercer também a criação.

Despedi-me de Estrella e cheguei à frente do templo que mais parecia um castelo. De lá saiu Andrezinho. Vestia uma roupa negra e tinha os cabelos longos. Empunhava uma bela espada. Dali - contou-me ele - saiu um cavaleiro.

O despertar havia sido feito. Partimos novamente ao porto da Ilha do Destino, de onde o capitão disse que nos levaria para Thais, Carlin e Venore. Como lhe contei, escolhemos Venore. E o que aconteceu lá... bem, amigo. Deixarei-lhe descansar por agora.