sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Sombras.

Tem dias que há espectros;
Elas estão ali;
Esperando seu pecado;
Esperando;

Você pensa no passado;
E fantasmas surgem;
Para lembrar;
Que você é mortal;

E todo dia;
Você suga o sangue de alguém;
Dizendo que a ama;
E prometendo algo que não pode cumprir;

Sua faca de mentiras;
Escorre o sangue de muitos inocentes;
E você pensa;
Que é um monstro;

Mas as vezes é tarde;
Não adianta violar as sepulturas;
De quem você matou;
De quem você amou;

Você é humano;
Essa é a sua natureza;
A escuridão é seu lar
E as sombras suas doces companheiras;

Mas não se entristeça;
Muito pelo contrario se alegre;
Pois é na escuridão que tudo se cria;
E é nela que tudo se termina.
Gabriel.

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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Titulo da postagem.

Sombras rastejam;
Pelos meus dedos;
É a vida passando;
Cada vez que respiro;

Deve haver alguém sozinho como eu;
E todo dia eu aprendo mais sobre a solidão;
E viver com ela;
E viver sem ela;

Talvez ainda haja um fim para tudo;
Mas eu estarei pronto;
Independente de quem esteja comigo;
Não posso parar de andar.

Gabriel.
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domingo, 26 de outubro de 2014

Ferro e Sangue 4

Numa manhã ensolarada, acordei com minha irmã mais velha chamando para o café. Papai e mamãe haviam ido ao mercado da cidade, levando minha irmã mais nova consigo. A mim restaram as tarefas de varrer o pátio e limpar o dojo. Resolvi começar pelo dojo, embora minha irmã tenha protestado. E ela era mais velha que eu, poderia mesmo ter razão. Eu era orgulhoso a ponto de não dar ouvidos a ela, afinal, eu já estava detestando as tarefas, mesmo. Além disso, a limpeza do dojo ajuda no condicionamento físico.

Ali estava eu, com um pano molhado, correndo por todo o dojo interior. Fortalecendo os quadris, ganhando força nas plantas dos pés, enriquecendo a musculatura das pernas. Papai poderia levar o dia todo na cidade. Naquele dia, devido a esse compromisso dele, não tínhamos treino no dojo, então os garotos não compareceram. “Talvez fosse melhor assim...” eu pensava “...pois papai me faria treinar muito mais nas ocasiões em que estou sozinho.”

No cair da tarde ouvi batidas estrondosas no portão do pátio. Larguei a vassoura (nosso pátio era realmente grande, eu ia levar o dia todo). Abri a porta prudentemente. Era um homem com cabelos longos e sobrancelhas assustadoramente grossas, além do cavanhaque. Vestia um traje chinês com ombreiras que pareciam ser metal. Nas suas costas, um volume cúbico de madeira (que lhe servia de mochila) e dois volumes longos que provavelmente eram espadas.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O Provão do GJ.

Lá vem história de novo!

O GJ era um bom aluno meu. (Eu vou identificá-lo assim por razões que já coloquei em posts anteriores.) – Confesso que no início, o GJ estava numa turminha difícil: segundo ano do ensino médio no turno da tarde, nos calores escaldantes da cidade de Taquara. Eram apáticos. Você, no papel de educador, ficava longos minutos exemplificando, explicando, tentando comprovar teorias e ouvia apenas o “cri-cri” dos grilos.
(Quino)

Poucas semanas depois de ter começado o trabalho com aulas de Língua Portuguesa e Literatura, o GJ comentou que gostava de ler Harry Potter. Ele um dos poucos que respeitava meus conhecimentos. Embora também não se manifestasse numa turma “muda”. Se bem que, convenhamos, é difícil você conversar em um local em que ninguém mais se manifesta, não?

O ano passou e o GJ ficou em duas disciplinas. Uma delas era Língua Portuguesa e a outra era Física (se a memória não me prega peças). Mas o professor da outra disciplina disse “ah, bota ele no provão. Não precisamos reprovar o guri!”.

Essa preguiça desse outro professor me deixou irritado. Eu também poderia dar os pontos para o GJ e tava tudo certo. Mas nós, professores, tínhamos o consenso de não passar ninguém por poucos pontos. Isso era motivo de Provão: uma única disciplina com toda a matéria do ano, para que o aluno prove que aprendeu, sim.

domingo, 12 de outubro de 2014

Narûk, o Engraçado.

A primeira vez que conheci meu inimigo foi numa batalha na planice de Mordor. Estava eu lutando contra Gröb o Armeiro, um Uruk fedido, capitão ralé das forças da mão negra, eu estava ganhando a luta, até conhecer um dos meus maiores rivais, Narûk, um Uruk magro e esguio, lutei contras os dois orcs, os ferindo, mas pereci em batalha, ao menos deixando cicatrizes nos dois. Eles subiram de rank no exercito de Sauron e eu os vi indo embora e rindo, enquanto as trevas se fechavam em minha volta.

Após ser revivido pelo espectro do anel, fui direto ao meu segundo encontro com ele, sem querer o encontrei num acampamento de escravos, onde fui saudado com uma frase: "Eu já te matei uma vez, não vai ser dificil te matar de novo quase-morto!". Lutamos e usando meus poderes de espectro, o queimei, poupando sua vida, fui ajudar outros escravos necessitados, mas nessa segunda batalha, eu sabia que havia conhecido alguém que não descansaria até me matar.
Grüb foi morto por um Graug, um tipo de troll, que para mim tem 3 metros de altura e é muito, muito forte, porém calmo e não apresentaria verdadeiro perigo se não fosse incomodado. Fugindo do Graug enfurecido, acabei parando num tipo de valão, onde encontrei Narûk.

Ele me esperava, com a cara enfaixada e algumas partes do corpo também estavam machucadas, pelos meus ferimentos, a unica coisa que ele me disse foi: "Você vai pagar por ter feito isso comigo!". Lutamos de modo equilibrado, até que um grupo de Uruks surgiu guiado por um capitão: "O Osso branco". Não me recordo o nome direito, a batalha com ele foi rápida e mortal. Aquilo era uma armadilha, que ele havia planejado para mim e eu consegui escapar dela, por pouco, matando o Osso Branco e deixando o Narûk incapacitado, meu nemesis era tipo "duro de matar".

Após alguns encontros veio o último.
Estava chovendo naquele dia, o cheiro do mal pairava no ar, eu havia matado um acampamento Uruk inteiro, quando vi alguns escravos sendo levados para uma mina, fui salva-lós. Quem guiava os prisoneiros era ninguém menos que Uruk, depois de muito tempo sem nos vermos, ele largou a tocha no chão e disse: Não se metam, esse pele-rosa é meu!

Ele sabia que ali seria nossa última luta, justa, nenhum uruk se meteu, apenas eu e ele. Lutamos até o sol começar a surgir, apenas um risco de luz atingia nós. Ele estava ganhando, eu cai, ele foi dar o golpe de misericórdia, eu contra-ataquei, enfiei a espada na barriga dele e saí vitorioso do embate, ele não disse nada, apenas caiu, dizem que orcs sabem quando vão morrer, ele sabia.

Minhas últimas palavras ao inimigo foram: "Seu reino infernal acaba aqui". Foi a unica coisa que fui capaz de dizer, após ver meu inimigo jurado morendo em minha frente, refleti por um momento e segui em frente. Não podia parar minha cruzada contra a Mão Negra.


O que eu escrevi poderia ser um resumo de um jogo inteiro, ruim, mas um jogo inteiro. Mas não é, o que eu descrevi ali em cima, foi uma parte minima do jogo "Shadow of Mordor" que saiu a pouco para os videogames e pc.
O jogo conta com um sistema de inimigos, chamado de "Nemesis System" em que ele gera inimigos, tudo randômico, para você e tudo que você fizer a eles, eles lembram. Você queimou um, ele vai aparecer queimado, você cortou o braco de um, ele aparece sem braço e por aí vai. Pela primeira vez, senti como é ter um inimigo de verdade dentro do jogo, que me odeia e quer ver meu fim por coisas que eu realmente fiz e isso me deixa muito feliz, porque acabei criando um laço com Naruk, pois ele sabia o que eu fazia e estava disposto a me matar. Pela primeira vez eu me senti realmente na pele de um heroi.

sábado, 11 de outubro de 2014

Batman o Cavaleiro de Arkham!

Quem me conhece mesmo, sabe que eu não sou um grande fã do Batman, prefiro outros herois como o vagalume verde e o escoteiro da justiça, porém não posso negar que ele vai ser sempre ser o super heroi favorito do Gabezinho(meu eu infantil) e isso sempre me faz ir atrás do morcego, onde ele quer que se esconda.
Com isso a Rocksteady nos presenteia com o melhor jogo de heroi já feito e por favor não venham dizer "Homem aranha de ps1 era o melhor" melhor não, nostalgico sim. Eu tenho a impressão que quase tudo que o Batman toca, vira ouro, que os fãs, diferentes dos outros personagens das hqs, tanto da dc, quanto da marvel, são muito dedicados ao heroi e não é por menos, sobre o capuz de um humano, temos um deus escondido.
De toda a maneira, encurtando o discurso, trago a vocês o novo trailer do jogo que mais espero, dublado e estou orando a Deus que a voz do Batman, seja de ninguém menos do grande Marcio Seixas!

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Sem você

Escuro
Opaco
Profundo
Frio
Breu
Sozinho

Nada além do Vazio.
Você fica triste com o que vê.
Mas não sabe o que não vê.
E estaria mais triste
Se estivesse aqui, sem você.

AEIOU + "escrito"

Era para ser "escritos", mas a letra "i" não saía...

“Escratos”
“Escretos”
“Escritos”
“Escrotos”
“Escrutos”

Aí me veio a dúvida:
Ou serão
Escravos
Discretos
Descritos
Por escrotos
Exclusos?

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Sou o pior poeta que conheço.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Rosas Negras


Enquanto a  chuva cai lá fora
Sinto minha alma molhada
E o frio de quando você foi embora
Você não deixou nada?

Nenhuma dessas paredes me deixa esquecer
Nós dois éramos fogo, não restou brasa
O café parando de mexer
O silêncio cobrindo toda a casa

Eu olho para os livros na prateleira
Eu olho para a janela
E penso num único passo.
"Se houvesse uma maneira
De mudar o que eu disse a ela..."
Tratei-a como se fosse de aço.

Sabendo hoje que você está nas mãos de outro.
Preso à chuva me sinto.
Vejo o mundo preto e branco.
E não sei mais se o quero.

Milhões de pessoas às quais sou indiferente
Milhões de árvores mortas
Milhões esperando pela morte
E eu me sinto com poder de multiplicá-las.

Quando você fechou a porta,
não sabia o que estava fazendo.
Talvez você soubesse no que eu estava me tornando.
Todas aquelas flores que você via dentro de mim.
Agora estão mortas.
Apenas uma vive, mas está morrendo.
É rosa negra, que me mantém vivo.
E não sabe se isso é certo ou errado.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Apenas uma gota d'água.

Quando eu fecho meus olhos;
Sonhos perdidos me correm;
Apenas os pesadelos surgem;

Tudo que eu faço;
Se desmorona;
E eu continuo cego;

O mesmo poema de sempre;
O mesmo pensamento de sempre;
Agora são apenas cinzas;

No fim somos todos gotas da chuva;
Caindo e se espatifando;
Aproveitando o ínfimo que temos de vida;

Tudo que fazemos;
São apenas poeira;
Por isso não pare.
Gabriel.