domingo, 16 de junho de 2013

Lá vem história...

[Essa aqui é rapidinha, que eu peguei esse PC emprestado...]

Fui num AnimeXtreme com o cosplay de Tony Stark... mas na ocasião, era num colégio muito próximo ao estacionamento da empresa onde trabalho. Aí me veio uma ideia (julguem) perversa: onde mais eu ia poder largar o carro? As ruas em volta do colégio estavam lotadas, quando não com flanelinhas... O estacionamento revesa de segurança diariamente... e os dos fins de semana é ainda mais raro, porque geralmente é o mesmo que faz o turno da noite, ou seja, o cara jamais me conheceria.




É fato que meu carro está cadastrado na lista do estacionamento. O segurança só precisou conferir a placa. Embora o meu carro seja deveras popular (Uno Mille), o cara achou que a pompa toda de Tony Stark significava que eu era de fato rico.
"Pode deixar doutor, vai ficar bem cuidado o seu veículo." - ele disse. E acrescentou: "Engraçado... é que eu acho que já vi o senhor na televisão..."

Ali eu prendi o riso e resolvi que esse diálogo merecia um encerramento com chave de ouro:
"Porque será que as pessoas sempre me dizem isso?" - E sorri pra ele, com a maior cara-de-pau que já ousei ter em toda essa minha vida.


segunda-feira, 3 de junho de 2013

As Crônicas Tibianas - Cap. 68

Um presente de Sam Scott

Ainda naquela manhã, estávamos todos prontos. Bierfur, disse para irmos até o mercado, onde deveríamos comprar pá, cordas, um livro de magia, uma Espada de ferro e uma Besta. Em princípio, pensei em usar meu primeiro livro de magia, que substituí por um escudo por alguns anos. Mais tarde, Grazi havia me presenteado com um livro de magia mais avançado, o qual eu usava, mas estava descartado de ser usado fazer o ritual. Era um presente. Eu não estava bem com Grazi, mas isso não significa que ela perdera seu valor para mim.


Por fim, decidi ir até a loja de magia, sozinho, pois os outros dois irmãos foram à loja de armas. Eu tinha pá e cordas em casa, então minhas únicas preocupações eram o livro de magia e a saída repentina de Sam Scott. Grande foi a minha surpresa quando vi ninguém menos do que o próprio Scott saindo da loja, parecia com dificuldade em carregar a mochila.

- Sam, o que está fazendo?
- Ah, mestre. Bom reencontrá-lo. Comprei um presente para o senhor, já que irá a uma jornada na qual não poderá contar comigo...
- Agradeço, mas você acha mesmo que será necessá...- emudeci, porque ouvi palavras mágicas. Após isso uma dor imensa se deu em meu corpo.

Na porta da loja de magia, estava um mago. Ao seu lado, um Orc Guerreiro, que veio em minha direção. Sam também fora abatido pelo raio que me atingira. Minha visão ficou turva. O Orc me alcançou e com seu machado, que arranhou a capa do meu livro de magia e me jogou para trás. Fiquei indeciso quanto ao que fazer, pois o Orc e o mago me atacavam simultaneamente.

Raízes brotaram entre as pedras do piso, atravessaram o Orc e ele caiu no chão sem vida. Sam havia acabado de proferir suas palavras mágicas, a natureza havia se manifestado em favor dele. O mago recuou, mas Sam tirou da mochila uma runa e a leu rapidamente. Uma bola de energia branca voou em direção ao mago e suas pernas congelaram. Ele leu uma runa cinzenta e um raio negro acertou Scott, que dessa vez estava bem mais atordoado. Irritado e com ódio digno de um demônio, desferi uma onda de raio incrivelmente forte. Sam bebeu uma garrafa com poção de cura. O mago também bebeu uma poção, mas de magia e começou novamente a fazer uma conjuração.

Agora era um demônio de fogo, mas Sam o eliminou com mais uma daquelas esferas de gelo.
- Seus covardes! - Gritou o mago.
- Palavras muito atrevidas de quem atacou duas pessoas pelas costas! - Gritou Sam, da maneira que eu nunca havia ouvido. - Tome isso! Dizendo essas palavras, Scott leu uma runa cinza, com uma caveira encravada.Uma nuvem negra entrou pela boa e pelo nariz do mago e ele desabou, sem vida, abaixo da entrada da loja de magia.

- Scott... - eu disse sem fôlego.
- Você está bem, mestre? - Ele perguntou, ofegante. Eu sei que você reprovaria isso...
- Ao contrário, Scott. Você salvou minha vida. E estou orgulhoso da maneira com a qual lutou.
- Obrigado, mestre. Vamos até meu aposento.
- Sou eu quem lhe deve agradecimentos, meu amigo.

Na casa de Sam, ele abriu a mochila e dela tirou várias runas.
- Eu li que, na caverna onde fará o Ritual existem vário tipos de criaturas. Então coloquei todo o meu poder mágico nessas runas. Porém, não foram muitas, por isso fui até a loja comprar mais algumas.
- Sam, eu não quero decepcioná-lo, mas você não vai até lá.
- Ah, mestre... o senhor entendeu errado. Eu as fiz e as comprei para o senhor!
- Sam, eu não posso...
- Ah, o senhor vai aceitar, sim. Já tem o livro de magia?
- Não, meu amigo. Com o ataque daquele mago, tentando nos saquear, esqueci de comprar. Bierfur disse que um livro de magia básica já serviria.
- Mestre, quero que faça o ritual com o meu livro, neste caso.
- Scott... um livro de magia básica custa tão pouco. E possivelmente o livro não volte.
- Bem... o ritual é único, não é? Quero dizer... uma vez que você o faça, não poderá desfazê-lo, nem refazê-lo. Esse ritual é uma afirmação de que os deuses estão ao seu lado para que você siga a sua vida com a sua vocação, certo?
- Sim, acredito que seja isso mesmo.
- Então, já que eu não serei o Druida do seu ritual, aceite o livro e será uma honra fazer parte disso tudo.

Finalmente eu havia entendido Sam Scott. Ele não estava abalado por eu não levá-lo junto, mas estava me dando total apoio para que eu tivesse sucesso no ritual.
- Obrigado, Sam. Esse livro vale muito para mim.
- Valerá assim que o aceitá-lo.

E então, voltei até meu cômodo do Palácio de Papel. Dois de meus irmãos já me esperavam.
- Partiremos hoje à tarde, não? - Perguntei entrando.
- Não mais, - respondeu Bierfur - vamos esperar que o Sol enfraqueça. É o melhor modo de encararmos uma viagem pelo deserto.
- Porque não me disse isso antes?
- Você sabe como é difícil fazer seu irmão Bierdus mudar de ideia?
- E Biertrus, onde está?
- Ainda não voltou. Mas sugiro que descanse enquanto ele não chega. Ao final da tarde, partiremos.


Com isso, deitei-me em minha cama e aguardei. Bierdus deitou-se no chão, usando a mochila como travesseiro.
- Bierum, estás dormindo?
- Não, meu irmão.
- Tu deves. Nosso dia ainda será longo.

E faço do conselho de meu irmão, meu conselho a você, meu amigo. Descansemos. Logo, contarei a você uma das jornadas mais difíceis e marcantes de minha vida.

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