quarta-feira, 31 de março de 2010

segunda-feira, 29 de março de 2010

As Crônicas Tibianas - Cap. 19

Um bom fim para Boozer e um começo para Grazi

Amanheceu e Carlin já nos acordava ao som da espadas. As donas-de casa tinham pequenas facas nas mãos e gritavam "Praga de Ratos!" - E era verdade: os esgotos de Carlin eram mais cheios de vida do que as ruas. Mas tanto havia daquela vida, que transbordava.

Andrezinho, Malu, Grazi e eu descemos as escadas da casa de Sagal e saímos à cata desses roedores. Me repugnavam, mas no meio de uma ou outra onda de fogo que eu e Grazi lançávamos, sorri e disse a Andrezinho:

- Isso não lembra do velho Tom, da Ilha de Rookgard?
- É verdade! Ele dava duas moedas de ouro por couraça de rato.
- E os mais jovens apelidavam o coitado de "Tom Carniceiro".
- Hahahaha! - caímos os dois juntos na gargalhada.

Uma hora se passou, e decidimos então partir a Venore. A caminhada continuou pela "Grande Estrada Principal"; pelo Desfiladeiro de Kazordoon; pela velha ponte, onde alguns anões nos importunaram; e depois de alguns kilômetros tibianos, estávamos em Venore. O sol do meio-dia esquentou nossas cabeças, acabamos indo novamente à Sorveteria.

Boozer recebeu de bom grado as três garrafas com o Licor mágico que havia nos pedido. Em troca, deu-nos sorvetes de graça e ainda se encantou com Grazi. Como reconpensa, Boozer nos deu três pás leves, ideais para aventuras subterrâneas. Também nos deu uma parte dos lucros, dez moedas platinadas, as quais depositamos no Banco de Venore.

Após nosso inusitado almoço, as garotas foram novamente às compras. Foram a tão desejada loja de roupas. De lá, voltaram cada uma com um pacote. No fim da tarde, Sagal passou em Venore, em busca de Grazi. Decidimos, os cinco que Grazi deveria ir antes. Viajar à noite é perigoso, mas Sagal é um Paladino respeitado, e como futuro marido, nada mais justo que os dois ficarem juntos.

Sentei-me em minha cama por uns instantes para fazer um balanço geral, afinal, obtemos lucros na luta contra os anões. Reparei que Malu andava pelos corredores. Acendi um lampião de óleo e fui até ela.

- Não foste dormir ainda, minha querida?
- Bierum... você vai com alguém até o casamento de Grazi?
- Sim, irei. Com você e com o Andrezinho, como deve ser.
- Puxa...
- O que foi?
- Sei lá. A gente anda pra cima e pra baixo. Eu sou muito grata pelos seus ensinamentos, mas acho que o mundo tem muito mais a me oferecer.
- O quê, por exemplo?
- Por exemplo, você!
Meus olhos pareciam ter ardido naquele momento. Senti milhares de borboletas em meu estômago e minhas mãos suavam.
- Veja bem, minha querida...
- Eu sei o que você vai dizer! Vai dizer que sua família já lhe prometeu a alguém!
- Na verdade, eu só ia perguntar-lhe se você aceita essa responsabilidade. Os sentimentos muitas vezes atrapalham uma batalha. Não posso permitir que você morra. Nem que o Andrezinho.

- Olha, Bierum... dessa coisa de sobreviver, cuido eu. Você acha que eu não consigo proteger o grupo, assim como você faz?
- Não... eu não quis dizer isso.
- E então?
- Eu quis dizer... que se você se sente preparada, pode escrever uma carta ao seu pai. Fale sobre o que sente. Não quero mergulhar Venore em uma guerra por causa do que eu sinto.
- E o que você sente?
- Necessidade de proteger você. E de estar com você.

- Vocês dois não preferem acordar cheios de energia e trocarem agrados à luz do dia? - Disse Andrezinho, com voz sonolenta.
[B.W.] - Está certo. Nos desculpe.
[M] - É.
[And.] - Na verdade, eu estou muito contente em ver meus dois melhores amigos juntos.
[B.W.] - Obrigado, Andrezinho.
[M] - Vou pra cama. Talvez os rapazes ainda queiram conversar.
Malu retirou-se.

- Bierum, com esse último depósito, o aluguel está garantido?
- Por dois meses, meu amigo.
- Ótimo. Talvez fosse bom descansarmos da luta, mesmo.
- Os próximos dias serão de festa...
- "Cerimônia da Eterna União"... Humpf...
- O que foi?
- Nada é eterno.
- Você não quer ir até lá, honrar o compromisso de Sagal e de Grazi?
- Quero... embora não acredite em tudo que eu leia.

Depois disso, fomos para a cama. Andrezinho ainda tinha de comprar algo para Grazi. Mas por agora, descansemos, meu querido ouvinte. Que a noite lhe agrade, assim como agrada a mim.

domingo, 28 de março de 2010

Definições

Porque você precisa de uma outra ótica sobre as coisas...



(Mandando um salve para uma amiga que me ajudou com essa!)

sábado, 27 de março de 2010

Intervalo comercial...

Você tem Dúvidas?
Sugestões?
Reclamações?

Tem alguma pessoa que você queira homenagear?
Quer publicar um "Separados ao Nascer"?
Ou uma "definição"?

Mande a sua idéia para mim!

Olha quantas opções!

1 - Deixe comentário no Blog!
2 - Mande e-mail para mim (robertobier@gmail.com)
3 - Adicione-me no MSN (caos_hunter@hotmail.com)

"Do silêncio, não se produz frutos!"

sexta-feira, 26 de março de 2010

Cinza (Parte I)

Foram embora. Felizmente nem ficaram para o café. vieram só por causa do Marco. Pobre Marco. Perguntaram a mim onde eu o vi pela última vez. Em pleno século XXI? Deus tenha pena!

Na última vez que vi Marco, era domingo à noite. Na manhã, joguei fora a caixa de leite... quase nova. Meu celular tocou na hora da ducha. Era um dia daqueles em que a gente fica p. da vida. Saí do chuveiro, molhei todo o banheiro, passei as mãos e o lado direito da cabeça na toalha e, finalmente, apertei a tecla verde do maldito telefone celular.

Era Marco. Dizia que tinha saudade e grana fácil. Tudo pra mim. Marco. Dois ou cinco anos sem nos vermos... não sei... com certeza não lembro... e que dane-se isso. Ele fazia questão de falar comigo, tinha um negócio a me propor.

Estudei bastante. A vida inteira. Sempre tive carros dos anos 90. O estudo não compensou o bastante. Nunca vou ter meu Mazda. Nem Porsche, nem Corvette... talvez, com a grana que eu muito poupasse, conseguiria uma pick-up. Não interessa agora. Grana sempre vem bem. Eu até gosto de carros dos anos 90.

Banho acabado. E-mails respondidos. Que droga, Glória! Porque você mora tão longe de mim? Ter você comigo seria a glória. E só. Glória: ela por ela mesma. O único café da cidade que abre aos domingos... tomara que meu café não tenha baratas.

Hugo estava lá. Grande Hugo. Líder de grupo, respeitado até pela polícia. Se você não olha pra ele, vai morrer. Se você olha pra ele, você já está morto. É só levantar a mão. Cumprimentar. Não tomar-lhe tempo. Hugo mandou um daqueles capachos... parecia um tapete, só que com braços. Me deu um recado importante: Marco queria falar comigo. Hugo é um idiota. Mas, se ele lesse pensamentos, nunca mais eu poderia tomar café. No máximo, eu tomaria sopa por um canudinho. Não sou otimista. É melhor que pensem que sou um burro calado, do que confirmarem que sou um burro falante.

Deixei cinco mangos com meu mensageiro. Três pelo café, dois pelo silencioso garçon. Se eu quiser continuar com meu carro, o negócio é embarcar em um táxi. Que cidade feia! Dá pra ouvir tiros. E são dez da manhã.

Engarrafamento. Blitz. Só chego ao centro ao meio-dia. Tem algo errado. Não sei o que é. Chove no calçadão. Cid, dono da banca de jornais quer papo. Ouço suas histórias. Diz que teve dezenas de mulheres. São boas histórias. Só histórias. Almoço em bandejas. Trabalhei tanto para chegar até aqui? Um quase-restaurante de quinta categoria. Eu queria ligar para Glória. Só poderia mandar uma mensagem pelo celular. Meu celular? Lá no café.

De volta. Mais um capacho de Hugo ali. Sozinho. Assim que me viu, correndo me entregou o telefone. Disse que eu deveria abrir mais os olhos se quisesse continuar vivo. Que celular pesado...

Outro táxi. A ala leste da cidade. A cada dia que passa, o céu é mais cinza. São seis da tarde. O motorista limpou minha carteira. A casa de Marco, no terceiro piso. Ele mesmo abriu a porta. Um abraço. Vamos ao seu escritório. Sentou, pôs os pés na mesa. Disse que precisava abrigar dois "colegas" dele. Eram traficantes. Os três. Eu disse que iria pensar. Dei-lhe outro abraço*.

Quando cheguei à esquina, meu celular tocou. "Marco" estava escrito no visor. Ele atendeu e uma bucha de chumbo atravessou a cabeça dele. Voltei ao seu escritório e joguei os dois celulares fora. Marco, sem um pedaço da cabeça, morreu. Minha irmã era apaixonada por um traficante. Morreu de overdose. Odeio traficantes.

(*Foi aqui que troquei os celulares.)

quinta-feira, 25 de março de 2010

terça-feira, 23 de março de 2010

"Burrocracia"

A arte de comentar algo num blog exige mais do que inteligência, exige tbm paciência...


(Para comentar em um blog normal)

Mas isso não significa nada. Se fosse preciso mais inteligência...



Aí que ninguém postava mesmo!

segunda-feira, 22 de março de 2010

As Crônicas Tibianas - Cap. 18

Preparativos para o evento

Sagal ganhou muito ouro matando Dragões. Às vésperas do casamento, alugara uma casa ainda maior que a primeira que vi em Carlin, com um cômodo para os visitantes, outro para as visitantes e mais dois que serviriam para os donos.

-...mas, meu amigo, esta casa é temporária. Apenas para os amigos não se incomodarem com hospedagem em Carlin, enquanto nos preparamos.
- É uma casa excelente. Mas entendo que seu dinheiro não dá em ovos de dragão. - comentei.
- Hehehehe... Pois sim, Bierum. Viveremos em Carlin, após a cerimônia, em uma casa em que seu custo seja menor.

Confesso que estava feliz. Grazi e Malu haviam ido às compras no mercado de Carlin. Eu decidi comprar o presente também. Mas nos separamos. Enquanto as jovens garotas conversavam, pensei no quão sozinha Grazi poderia se sentir. Para magos como nós, a morte de um dragão é difícil. Considerando que Sagal ganhava a vida dessa forma e que Grazi não poderia ter eternas runas de gelo, por muitas vezes não caçariam juntos. Mas isso também não queria dizer que não a visitaríamos. E ela estava muito feliz.

Consegui com um mago mais graduado o presente perfeito para Grazi. Não o mostrei a ninguém. Consegui um embrulho no mercado de Carlin. Andrezinho estava comigo. Logo, encontramos as garotas.

- Ficamos sabendo - dizia Grazi - que Venore tem uma loja de tecidos e roupas!
- Então teremos de ir até lá para comprarmos um. - Completou Malu.
- Por mim, tudo bem! - Andrezinho disse.
- Devo lembrá-los de que esquecemos aquele comerciante em Venore. Seria interessante se devolvêssemos as garrafas com o Licor Encantado de Kazordoon...
- É verdade. - Disse Malu.

O centro comercial de Carlin começou a ficar movimentado. Voltamos à casa de Sagal. Depois de um dia de compras, descanso para todos. Entretanto, a noite não foi tão calma assim. Ao anoitecer, Sagal chegou, como Grazi esperava, mas trazia um amigo nosso: o druida Zago Verandus.

- Saudações a todos! - disse ele em voz alta. E todos o cumprimentaram. A noite cobriu o céu com seu manto negro. Chegamos ao quarto de hóspedes. Zago, Andrezinho e eu deitamos cada um em sua respectiva cama. Porém, logo que eles pegaram no sono, levantei-me e sem fazer barulho, parei na sacada da casa. Logo, o ruído da porta da sacada se repetiu. Eu não consegui sentir a presença de quem quer que fosse.

- Importa-se de eu me juntar a você?
- Nem um pouco, Andrezinho. - Em verdade, fiquei um pouco surpreso. Não esperava que fosse ele.
- Por que está acordado?
- Lembra-se da carta que Grazi escreveu? O que dizia a sua?
- Imagino que o mesmo que a sua: Grazi e Sagal se casarão dentro de três dias, não?
- E depois? O que diz?
- Hum... não me lembro.
- Que podemos escolher alguém como companhia.
- Verdade...
- Provavelmente Malu também já deve ter escolhido alguém. Um cavaleiro, assim como você.
- Bierum, não creio que as coisas sejam assim, preto no branco como você falou.
- Como não?
- É que os convites não proíbem os convidados de se fazerem companhia. Por que não pede a ela que fique ao seu lado?
- Mas vocês dois são...
- Um cavaleiro e uma amazona. Amigos, vizinhos de quarto.

- Eu pensei que isso os ligasse.
- O caminho de um cavaleiro é muito simples. "O jeito certo é o jeito mais fácil." No entanto, não tenho ninguém que me sirva de acompanhante. Nem tenho interesse em ter uma acompanhante.
- Achei que ela... ou que você...
- Nós temos muito em comum. Mas, eu sempre vi você como o sábio que ensina a ela certas coisas, aos poucos. O fato de você gostar dela é natural, pois ela presta atenção em você.
- E ela?
- Eu não tenho todas as respostas. Sou apenas um cavaleiro. Se quer uma resposta, convide-a.
- Sim... E antes que nosso assunto acabe, me diga, por que você está acordado.
- É que uma dúvida me veio à cabeça. Será que haverá doces na cerimônia?
- Só se você for o noivo, Andrezinho. - sorri a ele.

Antes que o cansaço nos derrubasse, voltamos a nossas camas. Descanse você também, meu amigo. Contarei-lhe sobre o dia das compras em Venore. E sobre o que nos esperava lá.

sábado, 20 de março de 2010

Intervalo comercial...

Toda a segunda...

"Sentei-me em minha cama por uns instantes para fazer um balanço geral, afinal, obtemos lucros na luta contra os anões. Reparei que Malu andava pelos corredores..."

Tem Crônicas Tibianas!

"Acendi um lampião de óleo e fui até ela.
- Não foste dormir ainda, minha querida?"


Crônicas Tibianas!

"- Bierum..."

Só aqui! No Blog do Bier!

quarta-feira, 17 de março de 2010

terça-feira, 16 de março de 2010

Rosas!

Sem dúvida, são o melhor presente.
Ainda assim, falta-me coragem para dá-las.
E como estará meu rosto quando eu entregá-las?
Rosas são a idéia mais bonita,
que pretendo dar à menina mais bonita,
que destes olhos se fez vista,
da qual desejo a conquista.
Uma rosa.
Uma rosa para minha flor.
Para realizar o meu desejo:
que reconheça o meu amor
e aceite os meus beijos.

segunda-feira, 15 de março de 2010

As Crônicas Tibianas - Cap. 17

Boozer pode esperar

Deve bem lembrar-se, meu amigo, de uma retirada estratégica feita por Andrezinho, Malu e eu, que estávamos sob a mira das bestas dos anões. Essa raça é caracterizada pelas pernas curtas, o que nos deu larga vantagem.

O castelo de Carlin já não fazia mais parte do horizonte, mas sim do destino próximo. Percebemos isso quando passamos embaixo de grandes bandeiras verdes com uma espada estampada sob um grande "C". Carlin! Que cidade bonita!

Paramos de correr. Contemplamos o centro da cidade.
- Outra monarquia inútil. - Comentou Andrezinho.
- Fale baixo, Andrezinho, os guardas podem ouvi-lo. - Adverti.
- Tem algo de mais nisso? - Perguntou Malu.
- É... - sentenciei - ...os guardas cuidam do rei como veneram a um deus.
- Se os deuses não descem à Tibia, são uns inúteis. - Completou Andrezinho. Me fazendo pensar que mais valia a pena encerrar a discussão.

Caminhávamos pela cidade. O mercado de Carlin é muito maior que o de Venore. Porém, nada muito útil a venda nas lojas normais. Apenas comerciantes clandestinos tinham novidades, o que não se pode ser chamado de mercado negro. Gritos de "vendo!" e de "compro!" eram abundantes na calçada comercial de Carlin. Nos dirigíamos ao depósito central da cidade, quando uma briga nos chamou a atenção. Chegamos mais perto para ouvir. Um grito introduziu melhor o que estava acontecendo:

- Sua bruxa! Vai perecer diante da minha espada! Os cavaleiros vão dominar todo o continente tibiano! - Era um cavaleiro todo chamuscado, mal tinha forças para erguer a espada, mas correu em direção a uma maga. - Morra!
Um estrondo de raio o arremessou de volta à origem de seu ataque.
- Você me pagará por ter assaltado meus amigos! - disse a dona da voz que me parecia familiar.
- Espere! Eu devolvo o dinheiro! Pare!
- Já apontei o cajado em sua direção. Mesmo que eu quisesse, não posso mais pará-lo.
E o cavaleiro desabou no chão, vítima de mais um ataque, desta vez de fogo. Muitos pobres foram na direção do corpo. Mas apenas a assassina conseguiu o ouro em questão.

- É isso que você foi fazer em Carlin, Grazi? - perguntei sorrindo.
- Bierum! Que bom que está aqui! Não imagina que alguns dos vizinhos de Sagal foram roubados por esse rato que se diz cavaleiro.
- É você o matou...
- Isso! E agora, só se alguém desejar de coração que ele reviva, para que ele ressucite.
- O que fazia neste local? - Quis saber Andrezinho.
- Eu ia colocar umas cartas no correio... a vocês!
- Oba! Nunca recebi uma carta! Sobre o quê, Grazi? - Foi a pergunta de Malu.
- Bem... leiam vocês mesmos.

Quando abri o envelope que tinha meu nome, encontrei um papel dourado. Ele dizia:
"Aos cuidados de Bierum Wizzard.

Bierum, seus amigos
Sagal Orius, descendente da dinastia de paladinos reais, os Orius
__________________&__________________
Grazi Lamounier, herdeira do clã de magos Lamounier

Com muita honra convidam você para a Inesquecível Cerimônia da Eterna União, que será realizada na Cathedral de Thais após três dias do envio da presente mensagem.
Pedimos de todo o coração que aceite participar dos rituais que nos unirão para sempre.
É permitido que você leve uma companhia de sua escolha.
Que os deuses o guiem para a aceitação.

Ass.: Lynda, a mestra de cerimônias."


Três dias, meu amigo, é tempo demais. Mas você pode aguardar comigo? Oh, sim... a espera é tão longa quanto a jornada. Ainda assim, você está ao meu lado. Continuarei após repousarmos.

sábado, 13 de março de 2010

Intervalo comercial...

Toda a segunda...

"Nos dirigíamos ao depósito central da cidade, quando uma briga nos chamou a atenção. Chegamos mais perto para ouvir. Um grito introduziu melhor o que estava acontecendo:
- Sua bruxa! Vai perecer diante da minha espada! Os cavaleiros vão dominar todo o continente tibiano! - Era um cavaleiro todo chamuscado, mal tinha forças para erguer a espada, mas correu em direção a uma maga.
- Morra!"

...tem Crônicas Tibianas!


"Um estrondo de raio o arremessou de volta à origem de seu ataque."

Crônicas Tibianas! Toda a Segunda!
Só aqui! No Blog do Bier!

sexta-feira, 12 de março de 2010

O que é isso, companheiro?

[Clique na imagem para vê-la em tamanho legível]
[Se precisar, pressione Ctrl e +]

(Parênteses)

(Essa é mais uma das coisas que a Adri achou e enviou pra mim! Mais uma vez, obrigado, Adri.)

(Mais uma categoria nova no blog. Aguardem!)

quarta-feira, 10 de março de 2010

Separados ao nascer #02

Porque as mães são frágeis após o parto.



O Alex vai rir!

Ah, sim... dia 15, o Alan faz aniversário!
Parabéns, cara!

segunda-feira, 8 de março de 2010

As Crônicas Tibianas - Cap. 16

A aventura em Kazordoon

Nossos olhos mal haviam se acostumado com a claridade do nascer do Sol, mas estávamos atravessando um bosque. O caminho foi breve e alguns anões tentaram interromper nossa viagem, fracassando seguidas vezes. Finalmente avistamos a entrada da montanha de Kazordoon.

No centro da montanha, uma porta enorme parecia vigiada por duas estátuas gigantescas de anões.
- Irônico, não? - comentou Andrezinho - Estátuas de anões gigantes!
- Os anões são mestres da escultura... alguns melhores que os humanos...
- Tem mais disso nos livros, Bierum... eles manipulam metais como uma segunda natureza. E se escondem no subsolo como se tivessem vergonha ante a natureza.
- Vamos indo? - perguntou Malú.

Ao entrar na caverna, nossos olhos mergulharam na escuridão. A cidade subterrânea tem em sua entrada escadas que sumiam na imensidão do escuro. Descemos até que a luz alaranjada do magma iluminou as paredes do hall de entrada. Andrezinho, Malu e eu arregalamos os olhos antes perturbados pela luz. Das paredes, podíamos ouvir o som de picaretas trabalhando, como se a cidade de Kazordoon estivesse sempre em progresso.

O primeiro anão que avistamos consertava carros de minério. Ele estava tão concentrado no trabalho que nem ao menos nos viu. Outros abriam espaço nas paredes, mediam aberturas, preparavam reforços às pilastras. Ocupados demais para lutar.

Uma placa esculpida nas paredes de pedra da cidade apontava a direção da Taverna. Imaginando que o licor que Boozer queria pudesse estar ali, entramos nela. Anões brigavam entre si, enquanto o resto dos clientes da taverna continuavam com suas bebidas normalmente. O taverneiro simplesmente se recusou a ir até a parte do balcão onde estávamos. Passava pela nossa frente e atendia outros clientes, todos anões.

Andrezinho me olhou nos olhos e deu um pequeno sorriso malicioso. Quando o anão taverneiro passou, segurei-lhe pelo colarinho e coloquei sua cabeça sobre a mesa:
- Minha paciência é digna dos monges, mas meu amigo é conhecido em Venore... ou será que um velho anão velho como você nunca ouviu falar da lenda do cavaleiro negro?
O taverneiro levantou os olhos e os viu refletidos na espada de Andrezinho.
- Ele não fala muito... mas luta o suficiente para transformar um ciclope em um anão...
- Está bem! Está bem! Parem, humanos! Eu os servirei.
- Apenas diga onde está o Licor encantado de Kazordoon. - Ordenou Malu. - Não podemos segurar o cavaleiro negro. Ninguém pode.
- Fi-fica no de-depósito norte... mas me soltem...
- Você falou e a sorte sorriu pra você... - eu disse, soltando o anão, que correu de volta para trás do balcão.

- De onde tiraram isso de Cavaleiro Negro? - perguntou Malu.
- É o truque do mago bonzinho e do cavaleiro malvado. - expliquei.
- Sempre funciona! - disse Andrezinho.

Nas ruas de Kazordoon, era difícil se saber a direção do norte. Mas encontramos uma placa dizendo "Depósito Norte". Uma porta de madeira foi atravessada, e encontramos uma escada colossal.
- É como se esses anões pensassem que são gigantes. - Comentou Malu.
- Eles precisam de algo para se orgulharem... - Explicou Andrezinho.
A primeira escada se encerrou em um quarto muito pequeno. Acendi a palma da mão para que víssemos o que nos aguardava: mais anões do que cabiam naquele quarto.

Andrezinho deu um golpe de espada que acertou três anões ao mesmo tempo. A espada de Malu faiscou na parede e acendeu uma tocha que estava prudentemente apagada e acertou outros dois anões. Os mais fracos tombaram perante minha magia, a onda de fogo. Subimos mais uma escada, luz apagada, minha palma novamente acendeu. Dessa vez, anões vestiam armaduras, escudos e machados dourados. Esses deram muito trabalho... usei o chicote de raio, a onda de fogo quase queimou Andrezinho, e o escudo de Malu quase rompeu em um golpe feroz de um anão.

Andrezinho encontrou mais uma tocha na parede. Depois que os anões estavam mortos, restava-nos investigar o depósito. O fogo da tocha iluminou o pequeno quarto... e muitos barris estavam empilhados.
- Assim, nunca encontraremos... - lamentou Malu.
- Não fale assim... - tentei acalmá-la.
Andrezinho sorriu:
- Vocês sabem que o licor encantado faz o som de um sino quando faz movimento?
- Como você sabe disso? - duvidei.
- Lendo. - ele respondeu.

Começamos a agitar os barris e, pouco depois, um deles fez o ruído dos sinos, como mágica, nas mãos de Andezinho. Sacamos as garrafas e as enchemos do líquido musical. Ouvimos passos de anões subindo as escadarias. Andrezinho jogou um barril escada a baixo, abrindo caminho. Ao voltarmos ao piso original de Kazordoon, anões brigavam entre si novamente. Foi a chance perfeita para corrermos muito. Foi o que fizemos.

Quando avistamos os corredores de entrada de Kazordoon, ouvimos passos e o som dos dardos cortando o ar, em nossa direção. Nossa pressa nos permitiu alcançar a montanha rapidamente. Descemos a montanha, ainda ouvindo a marcha dos anões.
- Um esconderijo! Precisamos encontrar um rápido! - Eu gritei.
- Estamos perto de Carlin! Eles repudiam as civilizações humanas, não nos seguirão! - Respondeu Andrezinho.

O cansaço estava começando a nos atravancar... Assim como você deve ter se cansado dessa história... Carlin apareceu em nosso mirante. Nossas pernas doíam, mas continuamos. O que nos esperava em Carlin? Descanse antes, meu amigo. Tenho muito ainda a lhe contar.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Pérolas do ENEM 2009

O tema da redação do Enem desse ano foi Aquecimento Global, e como acontece todo ano, não faltaram preciosidades. Lá vão:

1) “o problema da amazônia tem uma percussão mundial. Várias Ongs já se estalaram na floresta.” (Percussão e estalos. Vai ficar animado o negócio!)

2) “A amazônia é explorada de forma piedosa.” (Os lenhadores têm rezado antes.)

3) “Vamos nos unir juntos de mãos dadas para salvar o planeta.” (tamo junto nessa, companheiro. Mais juntos, impossível)

4) “A floresta tá ali paradinha no lugar dela e vem o homem e créu.” (E na velocidade 5!)

5) “Tem que destruir os destruidores por que o destruimento salva a floresta.” (e o que restará, após tamanha destruição?)

6) “O grande excesso de desmatamento exagerado é a causa da devastação.” (Pleonasmo é a lei.)

7) “Espero que o desmatamento seja instinto.” (Selvagem.)

8) “A floresta está cheia de animais já extintos. Tem que parar de desmatar para que os animais que estão extintos possam se reproduzirem e aumentarem seu número respirando um ar mais limpo.” (Viva a ressureição!)

9) “A emoção de poluentes atmosféricos aquece a floresta.” (Também fiquei emocionado com essa.)

10) “Tem empresas que contribui para a realização de árvores renováveis.” (Todo mundo na vida tem que ter um filho, escrever um livro, e realizar uma árvore renovável.)

11) “Animais ficam sem comida e sem dormida por causa das queimadas.” (Esqueceu que também ficam sem o home theater e os dvd’s da coleção do Chaves.)

12) “Precisamos de oxigênio para nossa vida eterna.” (Amém.)

13) “Os desmatadores cortam árvores naturais da natureza.” (E as renováveis, lá da 10?)

14) “A principal vítima do desmatamento é a vida ecológica.” (Por essa lógica, deve ser culpa da morte ecológica.)

15) “A amazônia tem valor ambiental ilastimável.” (E essa redação, valor lastimável!)

16) “Explorar sem atingir árvores sedentárias.” (Isso aí! Peguem só as que estiverem fazendo caminhadas e flexões.)

17) “Os estrangeiros já demonstraram diversas fezes enteresse pela amazônia.” (Ainda bem que a TV não mostra isso...)

18) “Paremos e reflitemos.” (E rezemos!)

19) “A floresta amazônica não pode ser destruída por pessoas não autorizadas.” (Onde está o Guarda Belo nessas horas?)

20) “Retirada claudestina de árvores.” (Caraulio!)

21) “Temos que criar leis legais contra isso.” (E leis bacanas também.)

22) “A camada de ozonel.” (Descoberta por Chris O’Zonnell?)

23) “a amazônia está sendo devastada por pessoas que não tem senso de humor.” (A solução é colocar lá o pessoal do Zorra Total pra cortar árvores)

24) “A cada hora, muitas árvores são derrubadas por mãos poluídas, sem coração.” (E ainda, para fabricar o papel em que você fica escrevendo asneiras...)

25) “A amazônia está sofrendo um grande, enorme e profundíssimo desmatamento devastador, intenso e imperdoável.” (Ass.: Campeão da categoria “maior enchedor de lingüiça”)

26) “Vamos gritar não à devastação e sim à reflorestação.” (-NÃO!)

27) “Uma vez que se paga uma punição xis, se ganha depois vários xises.” (Ass.: Gênio da matemática)

28) “A natureza está cobrando uma atitude mais energética dos governantes.” ("Red bull neles" - dizem as árvores!)

29) “O povo amazônico está sendo usado como bote expiatório.” (Com as enchentes que têm ocorrido, precisamos mesmo de botes!)

30) “O aumento da temperatura na terra está cada vez mais aumentando.” (Me preocuparia mais se o aumento estivesse descendo.)

31) “Na floresta amazônica tem muitos animais: passarinhos, leões, ursos, etc.” (Ou é a globalização, ou ele visitou um circo no Amazonas...)

32) “Convivemos com a merchendagem e a politicagem.” (Mer... o quê???)

33) “Na cama dos deputados foram votadas muitas leis.” (Imaginem as que foram votadas no vaso sanitário deles...)

34) “Os dismatamentos é a fonte de inlegalidade e distruição da froresta amazonia.” (Alguém traduz?)

35) “O que vamos deixar para nossos antecedentes?” (Que tal a máquina do tempo? Não? Então dicionários?)


(Parênteses)

(Encaminhe para quem vc quiser por e-mail. Só não rotule "Pérolas do último ENEM", pq no ano que vem, essa informação já será passado.)

(A Grazi já me enviou as "Pérolas do último ENEM", que eram do ENEM de 2006, acho. Mas é claro que ela apenas encaminhou, inocentemente.)

(É o tipo de postagem que atravessa os anos...)

quarta-feira, 3 de março de 2010

segunda-feira, 1 de março de 2010

As Crônicas Tibianas - Cap. 15

Por uma garrafa

Grazi havia voltado às pressas para Carlin, a pedido de Sagal. Em Venore, restávamos nós três: Andrezinho, Malu e eu.

O calor começou a assombrar Venore, ao ponto de irmos até a única sorveteria da cidade: o Boozer's bar. O lugar é praticamente todo feito em madeira, às vezes você tem a impressão de ter visto um rato... mas é o melhor sorvete num raio de quilômetros tibianos.

Escoramo-nos no balcão do bar, saciando-nos um pouco da refrescância dos sorvetes. Estávamos prontos para seguir viagem, quando resolvi perguntar ao taverneiro, Boozer, o que estava errado, por que somente nós três éramos seus clientes. Ele suspirou e disse:
- É... por mais incrível que este bar possa parecer, e mesmo sendo fenomenal, os negócios não andam tão bem assim.
Andrezinho também pôs-se a perguntar:
- Por que isso tem acontecido?
- Em primeiro lugar, isso é porque abriram um bar novo na cidade, que desequilibrou a concorrência: a Hard Rock Tavern...
- Sim, já estive lá. - completei.
- Pois é! E todo o mundo que beber naquela maldita taverna! Por isso meu estoque de bebida está apodrecendo, e por mais que eu baixe o preço, ninguém quer vir ao meu magnífico bar!
- Acalme-se! - Disse Malu. - O senhor não tem nenhuma estratégia para voltar a chamar clientes?
- Ah, eu tive... - suspirou ele com lamento - Eu tinha um ótimo fornecedor, mas ele morreu quando buscava uma bebida especial para mim. Porém, para obter dessa bebida, ele teve de passar pelos guardas de Kazordoon. Acho que foi de lá que ele não passou.
- A cidade dos anões... - disse Andrezinho - ouvi falar dela nos livros. Ainda não fomos para lá, Bierum!
- Tem razão.

Nos entreolhamos e, sem dizer uma palavra, já tínhamos um plano em mente.
- Ei, Taverneiro, podemos fazer essa busca pra você.
- Oh, sim! Irão morrer os três, isso sim! Vocês nem sabem que o que ele estava procurando era um licor encantado, que seria um ótimo lançamento neste bar e teria me salvado antes de estar completamente na ruína! Agora não há mais solução!
Malu disse, então:
- Acho que o senhor não entendeu! Estamos dizendo que faremos a busca do licor.
- Mas só se vocês levarem estas garrafas consigo. - resmungava Boozer, que parecia irritado. - E depois que passassem por aqueles detestáveis anões!
- Não se preocupe, somos muito fortes. - Tentei acalmá-lo.
- Não posso pagar muito por isso, mas eu encontrarei uma recompensa.

O Sol dava um pouco de trégua no entardecer, partimos com nossas mochilas carregadas com pá, corda e nossos corações carregados de coragem. A viagem até Kazordoon era longa: saímos de Venore seguimos a estrada principal e alcançamos uma ponte, que ligava o continente ao desfiladeiro.

Na ponte, avistamos alguns anões com roupas civis e outros com uniformes militares azuis. Quando coloquei o primeiro pé na ponte, um deles gritou "In Kruzak pridum!", civis ergueram bestas, atirando dardos, e os militares levantaram machados e correram em nossa direção. Dois dos anões investiram seus ataques em mim. Os machados pareciam afiados, senti uma gota de suor em minha testa. Um dardo também partiu em minha direção, mas foi aparado pelo escudo de Malu. Os machados reluziram faíscas na espada de Andrezinho. Com os golpes aparados, foi fácil para mim queimá-los com a onda de fogo.

Passamos pelo desfiladeiro quando anoiteceu. Era estreito, fizemos fila indiana para passar... do outro lado do desfiladeiro, havia um urso faminto, mas antes mesmo que eu o atacasse com meu Cajado Draconia, Andrezinho e Malu já haviam o matado. Fizemos uma fogueira e acampamos em meio aos arbustos. Kazordoon estava perto. Mas não seríamos bem recepcionados pelos anões, ainda mais após ter matado tantos companheiros.

Acalme-se, meu amigo. Um outro dia se aproxima...