sábado, 30 de agosto de 2014

Bang.



As estações veem e vão;
Memorias também;
E o que o inverno decidiu apagar;

Você dizia que eu era preto;
E você era o branco;
Mas no fim sempre é o contrario;

Agora que tudo acabou;
Sons ruins surgem;
E fantasmas querem um pouco do que sobrou;

Nunca vou saber o que houve;
Nunca vou tentar descobrir;

Nunca vou me esquecer que quem atirou foi você.
Gabriel.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Viver sem você.


Você é tão perfeita;
Você faz parecer que respirar é fácil;
E que amar é difícil;

Todo dia eu penso no que eu poderia ser;
No que eu vejo;
E no que você não vê;

Se os outros pudessem ver o que eu vejo;
Eles saberiam que você é um anjo;
E tudo que poderíamos ser;

E no fim, sou devoto a você;
Mesmo com tantas baixas;
Mesmo no silêncio;

Mas no fim;
Eu sou apenas;

Uma sombra, no seu brilho.
Gabriel.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Elegancia.

Lembra quando nós conhecemos?
Apenas grãos de arroz;
Brancos como a neve;
Como um quadro prestes a ser pintado;

E quando você veio a mim;
Me sujou;
De azul;
Esperança vazia;

Quando você foi embora;
Me pintou;
De roxo;
Enquanto eu gritava por você;

Mas foi no final de tudo;
Você jogou vermelho em mim;
Me deu a mais pura elegancia;
Abriu o palco, para o maior espetaculo;

Ficamos sem dormir;
Dançando no carnaval da luxuria;
Ficamos sem nada;
Apenas desenhos num canvas esquecido;

Como estrelas num céu vazio;
Como os ventos do norte;
Como o som do silêncio;
Como o vazio;

Tudo passou;

Após ter me pintado de todas as cores;
A unica cor que sobrou foi preto;
Eu lhe chamei;
E não ouvi resposta;

Na floresta de espelhos;
Tudo é mentira.
Gabriel Borges A. Vargas
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Na minha realidade, é impossivel viver na minha fantasia.

Me devore...

Eu vou te devorar;
Antes do dia acabar;
Você vai estar de joelhos;
E suas lagrimas irão acabar com a minha sede;

Guarde bem o seu coração;
Pois você o perderá;
Guarde bem a sua alma;
Pois me alimentarei dela;

Seus sentimentos são apenas brinquedos;
Nas mãos daqueles que são gentis;
Sua carne é apenas um banquete;
Para os demonios se divertirem;

Mas ignore o que o velho homem diz;
Ignore o que sua mente o diz;
Ignore o que seu coração lhe diz;
Pois nada vai apagar a chama da dor que você sente;

Mil espectros em sua volta;
Se alimentando de seus pesares;
Seu sofrimento tem o sabor mais doce;
E seus gritos tem a melodia mais suave;

Mas não se preocupe quando você vai dormir;
Seus segredos estão guardados no escuro;
Onde os montros se escondem;
E nada que foi feito, será desfeito;

Mas não tema;
Foi na escuridão que o mundo foi feito;
Foi na escuridão que você se encontrou;
E é na escuridão que tudo que você conhece;
Morrerá.

Me deixe no escuro.

Eu apenas notei;
Quando já era tarde;
Não percebi que estava;
No mais profundo abismo;

Olhei aos lados e só vi sombras;
Trevas me acariciavam;
E no unico vão que existia;
Só podia se ver as estrelas;

Eu de alguma maneira tentei achar meu caminho de volta;
Subi as paredes nojentas;
Com as minhas mãos calejadas;
A cada segundo eu chegava mais perto das estrelas;

Quando saí do abismo;
Não tinha mais volta;
A escuridão me dominou;
O mundo em minha volta era sujo;
Imundo;

Eu fui contaminado pela verdade;
E nada mais é o que deveria ser;

Mentiras;
Sonhos quebrados;
Fantasias distorcidas;
Gritos abafados;

O circo mais doentio que poderia existir;

Eu voltei ao abismo;
Pois só lá a luz não me tocava;
E fiquei lá;
Marinando na minha propria miseria.
Gabriel Borges A. Vargas
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Sempre siga as vozes das profundezas.