segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

As Crônicas Tibianas - Cap. 13

Próxima parada: Venore


O sol apenas encostou seu rosto de fogo no horizonte, mas Grazi e eu descíamos a montanha do deserto. No caminho, ela me ensinou a conversar com o vento: uma concentração e ele me diria onde está qualquer pessoa. Uma magia ensinada aos sábios pelos elfos, os guardiões da natureza. Depois, ela me mostrou as runas de gelo, as quais ela comprou de um druida em Carlin.

Finalmente alcançamos a ponte que ligava o deserto à selva de Port Hope. Porém, na extremidade oposta da ponte, um homem com roupa negra trancava o caminho. Pedi para que me deixasse passar e, em troca senti o fio da ponta de uma lança arranhando minha face. Grazi esquivou da lança. Levantei meus cabelos, libertando o campo de visão de meus olhos: era o homem que eu encontara no deserto, um dia atrás.

- Como um mago fracote como você sobreviveu ao Dragão? - disse ele jogando outra lança, mas que foi queimada pelo Cajado Dracônia que eu empunhava. Zangado, gritei:
- Eu não costumo matar quem não conheço o nome!
- Se essa é sua desculpa, eu sou Moridos! Mas, você não será capaz de me matar. Morra você! - Outra lança voou em minha direção, mas uma parede mágica a segurou. Era Grazi.
- E contra dois, Moridos, você acha que vence?

Nosso adversário adentrou a selva. Começamos a correr atrás dele. Repentinamente, tentáculos vegetais fecharam o caminho. Tigres começaram a pular por cima de galhos e cipós em direção ao caminho de Moridos. Graz então me disse:
- É melhor deixar que a selva cuide dele.

Caminhamos um pouco mais ao oeste e avistamos templos esculpidos em pedra. Todas as estruturas que estavam abertas estavam também vazias. Finalmente avistei uma com um cacho de bananas no centro quando abaixei-me para pegá-las, uma jaula de bambu me cercou e macacos apareceram fazendo muito barulho. Grazi começou a lutar com eles, eu ainda tinha uma jaula para cuidar.

Destruí com a onda de fogo a jaula e comecei a correr atrás de pequenos macacos que jogavam-nos pedras. Deixei Grazi para trás. De repente, senti um choque vindo de longe, eram dois macacos segurando cajados amarelos como bananas. Antes do próximo raio me acertar, dei meia volta e corri ao encontro de Grazi, que corria na direção oposta, pois dois gorilas tentavam alcançá-la. A troca foi boa! Venci os dois gorilas, ela derrubou os dois macacos magos. Outro macaco mago se aproximou, de aparência mais velha e simplesmente começou a falar:
- Nós Kongra! Humanos não amigo! Para armas. Humanos foge. Usa armas. Humanos morre!

A liguagem era primitiva, mas compreensível. Grazi e eu abaixamos os cajados e continuamos andando ao Oeste. Muito tempo se passou ante a caminhada, a mata não nos deixava distinguir a hora do dia. Quando a mata se abriu finalmente, subimos as escadas de Port Hope. Já era noite.

Minha pressa não permitiu que passássemos a noite em Port Hope. Pegamos um barco até Carlin. Foi ali que passamos a noite. No outro dia, estávamos em Carlin. O que acontecerá partindo de agora? Nossa próxima parada é Venore.

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