sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Sobre o carnaval...





Existem muitas maneiras de começar esse texto algumas não tao boas, e algumas verdadeiramente terríveis, escolhi a mais obvia por ser a mais direta, as vezes a forma mais simples é a melhor.

O que é o carnaval?

Bem... segundo o Aurélio, ele é:

1. Período de festas profanas de origem medieval, compreendido entre o dia de Reis e a quarta-feira de Cinzas.
2. Período que compreende os três dias que precedem a Quaresma.
3. Conjunto de brincadeiras e festejos que ocorrem nesses dias.
4. Grande divertimento ou festa.


Para uma boa parte da sociedade ele tem se tornado período problemático de extrema baderna social onde tudo é permitido pois é tempo de "liberdade", um mal que não é necessário.

Bem... Para entendê-lo tentei ver documentários sobre a história dele, mas topei apenas com pastores falando o que todo mundo espera que pastores falem sobre o carnaval, e apesar de o carnaval estar intimamente ligado a religiãonão quero levar esse texto para esse lado.


A origem do carnaval, na verdade, não é definida. Porém o que todos sabem com certeza é que ele surgiu de festivais pagãos alguns dizem que foi de um festival egípcio outros das dionísias dos gregos e ainda da Saturnália dos Romanos. A origem mais provável é realmente da Saturnália, que é a antigo festival em honra ao deus Saturno. Esse festival durava todo o mês de fevereiro e nele todos eram iguais: os escravos também participavam e podiam pregar peças em seus senhores sem sofrer punições, todos eram livres para fazer suas brincadeiras, e tudo o que acontecia nesse tempo era relevado.

Ele foi atribuído a Igreja Católica como carnaval no seculo 15, junto à quaresma. Claro, esse não é o primeiro festival pagão reciclado pela igreja, mas isso é assunto para outros textos. Vamos ao que realmente interessa.

Se é uma grande baderna há séculos e causa problemas, por que o carnaval continua?

Talvez essa resposta não esteja tão distante, em minha opinião o carnaval é uma bagunça necessária, o homem se esquece que ele não é apenas um ser racional é também um animal. E como todo animal tem seus instintos, o nosso convívio em sociedade nos obriga a abrir mão desses instintos para que o convívio não se torne insuportável, se somos seres de caos não de ordem, a ordem nos incomoda.

E esse é o motivo pelo qual o carnaval e o Halloween continuam. Eles são o tempo em que nos permitimos ser aquilo que negamos durante toda a vida. Sempre exaltamos nossa mente mas nos esquecemos de nossos instintos, e com isso esquecemos do nosso início. Assim como tudo, nós também surgimos do caos.

O caos tem sido o grande criador há eras, desde a mitologia grega a uma reforma numa casa, o caos é necessário para que possa surgir a ordem. Para ser pleno, o humano deve aceitar sua natureza tanto racional quanto irracional. Aqueles que se negam a isso, apesar de na maioria das vezes não reconhecerem, vivem em infelicidade,e perdem sua conexão com a natureza e o reconhecimento da brevidade e da grandeza da graça que é sua própria existência.

4 comentários:

  1. Não sei se sou eu que sou muito púdica, mas o povo precisa mesmo dessa bagunça necessária?
    Será que "pressão social" não é só uma forma de ver as coisas?
    Mas eu gostei do texto, você parece uma garota bem estudada.

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    1. Obrigado, entendo o questionamento, realmente é questionavel essa politica, acredito que seja necessario esse cano de escape, alguns fazem dele o rock, outros fazem das artes marciais acho que o mais imporante é procurar enchergar isso de uma forma que não seja negativa, é legal entender que essa baderna não é de hoje, sempre tivemos festas assim, em todas as sociedades isso faz com que questionemos a nossa natureza, se vc fez isso Deia B. para mim já é uma realização pois sei que fui ouvida. Obrigado pelo comentario!!!!

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    2. Gosto dos seus textos. Eu não posso ficar muito na internet, mas sempre que posso eu passo por aqui. Felicidades pra você aí no blog. Quero muito voltar e ler mais de você por aqui.
      E por favor, me chame de Deia. Só Deia, ok?

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