quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

A batalha pelo Templo (Parte 2)

Atenção: O conto a seguir tem teores de violência fantasiosa.
Esteja ciente de sua responsabilidade quando continuar lendo.
(Acreditamos que a censura seja de 16 anos.)

Passaram-se minutos daquele evento anterior, quando o Mestre Aaron dirigiu-se a Fenry:
- Fenry, não era necessário...
- Mestre, por favor... ele insultou a todo esse templo, profanou nosso nomes.

Shir e Yume observavam Prestus literalmente evaporar em uma nuvem negra que se desmanchava pelo vento e tornou-se invisível há alguns metros de altura. Logo, Ayume e Kazume chegaram ao local. As belas gêmeas assustaram-se ao ver o vulto negro sumindo. Shir e Yume não perderam um único segundo em contar o que aconteceu.

Bado, do outro lado do alcance do reino, procurava errante a espada Aaron. Estava no Campo sem Fim. Dias atrás, uma terrível batalha entre as bestas e os oito guardiões se estendeu por ali. O jovem esperava que a espada estivesse encravada em algum corpo. Se fosse uma espada qualquer, ele a teria deixado. Mas era a espada dos antepassados do mestre Aaron. Agora perdida entre corpos, carniça ou em qualquer natureza que já não possuísse mais vida.

Ao abrir uma carcaça de uma fera-elefante morta,  um ser apareceu. Seu formato humanoide assustou um pouco, mas Bado estava decidido a conseguir qualquer informação sobre a espada.
- Quem é você?
- Acalme-se jovem guardião. Eu estive preso no corpo daquele animal que me devorou apenas por meu corpo ser franzino. Mas eu testemunhei onde você largou a espada. Venha comigo.

Desconfiado, Bado permitiu-se segui-lo. Afinal, o ser minúsculo deu-lhe as costas. E finalmente disse:
- Veja, a espada está encravada na raiz daquela árvore.
Bado não conseguiu pensar em nada a mais do que retirar a espada do solo. Com um pouco de dificuldade, a sacou e colocou de volta à bainha que mestre Aaron tivesse dado. Começou então a olhar à sua volta.

- Não me dirá nada? Eu o guiei até a espada de seu mestre...
- Obrigado, mas como eu sairei daqui?
- Basta me seguir. - Respondeu o ser.

Após alguns minutos de caminhada, Bado sentiu que a busca acabara fácil demais. Um ser que pediu somente um "Obrigado"? Isso era estranho.

Decidiu então puxar assunto:
- Qual seu nome?
- Orchid. E você é Bado, o guardião, correto?
- É, você acertou. Sabe mesmo algo sobre mim. Exceto um detalhe... -Então, Bado atravessou o ombro do ser que se chamou Orchid, usando a espada recentemente encontrada. -... Não perdi a espada em combate... eu a perdi enquanto ajudava na retirada dos feridos!

E então, Bado retirou a espada do corpo do pequeno adversário. Que desabou lentamente. Bado usou sua manga para limpar o sangue da espada. Foi então que o protetor de punho se expandiu e enlaçou-se entre os dedos de Bado, que já não conseguia mais soltar a espada.

O corpo de Orchid, no chão ainda movia sua boca:
- Tão orgulhoso e tão tolo... Essa espada que tem em suas mão é a Darktribute...
- Tire-a de mim! - Gritou Bado.
- Ela se soltará assim que mergulhar seu coração em trevas. Você tem muito poder, mas não tem vontade de servir a meu mestre. - Disse isso Orchid desaparecendo. E reparecendo novamente, com o corpo intacto, agora de pé, Orchid continuou: - Algo que não lhe contei: eu sou Orchid, o mestre da ilusão. Foi um golpe traiçoeiro, por isso, muito bonito. Deixe o ódio chegar mais perto...

Ainda dentro do Campo sem Fim, podia-se ouvir Bado gritando.

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