segunda-feira, 27 de junho de 2011

As Crônicas Tibianas - Cap. 56


Após o ninho das aranhas

De um lado nada menos que o Mago Bierum Wizzard. De outro, pesando 700Kg e dotada de sangue venenoso, a Aranha Gigante. Sua primeira investida foi um ataque com a pata dianteira esquerda, aparada em meu escudo. Ergui o Cajado de Energia Cósmica e apliquei-lhe um choque, mas ela aterrou a energia com suas patas e não pareceu nem um pouco abalada com meu ataque.

Em uma costela minha, senti o impacto da outra pata, movimento que me arremessou à parede. Aranhas menores entraram no combate, vendo meu corpo caído. Levantaram as patas dianteiras, como se estivessem vangloriando-se. Levantei-me subitamente e transformei as coadjuvantes em cinzas com uma Onda de Fogo.

A Aranha Gigante também queimou as patas naquela investida e, furiosa, deu mais um salto para frente, deixando-me entre suas patas dianteiras. Defendi de algumas patadas, compreendendo que ela pretendia me desequilibrar e juntaria-me em seguida, na intenção de me devorar. Meus reflexos, devido à adrenalina, estavam muito rápidos. Meu escudo já estava arranhado com tantos ataques.

Não me pergunte de onde veio tanta coragem, mas corri em direção à cabeça da Aranha Gigante e passei por baixo de seu corpo, lembrando da luta que Andrezinho teve com uma delas. Às suas costas, retirei da mochila uma Pedra Rúnica de Fogo. Eu a li em voz alta, quase em um grito. Suas patas começaram a queimar, e a Aranha Gigante começou a agonizar, sua cabeça estava mais perto do chão e sua boca estava muito aberta, foi o instante em que preparei a mais forte Onda de Fogo que desferi em minha vida. Por fim, ela parou de respirar. Os filhotes, com medo, começaram uma alucinada fuga em direção à entrada que eu usara.

Em minha cabeça, a loucura já beirava. Senti os olhos quase saltarem das órbitas, coloquei fogo no corpo da Aranha Gigante morta. Virei-me para a parede onde se encontravam os ovos da Aranha e a queimei por inteiro. Vários ovos caíram no chão, outros queimaram antes disso. Sem dúvidas, o fogo é a melhor arma contra essas criaturas. Uma parte em teias acabou revelando mais um túnel, em aclive. Sendo minha única opção, é claro que eu o subi.

Havia muita luz na extremidade a qual eu ia em direção. Meus olhos demoraram a se acostumar com isso, mas eu me aproximava cada vez mais, e minha vontade parecia ser feita do mais puro aço! A medida em que me aproximei da luz, reparei que ela avermelhava-se um pouco, repentinamente, mas voltava ao normal brevemente.

A superfície que alcancei era uma sala de pedra, muito bem decorada, lembrava-me mármore, uma bela arte esculpida nas paredes, ante uma porta também de pedra, um homem em um manto azul-celeste.

- Você veio atrás de Djin, não é mesmo, mago? - ele me questionou, deixando-me ver apenas sua barba negra.
- Como você sabe disso?
- O que eu sei não importa neste momento. As suas razões sim. Ele só dará o que você quer se você fizer a pergunta certa a ele... - ele fez uma pausa - ...mas isso, se você se mostrar corajoso e digno.

Ao terminar essas palavras, a porta de pedra se abriu e ele entrou. Subitamente, a porta se fechou. E a sala toda ficou vermelha. As paredes, que antes eram pedras, agora eram fogo. A meus pés, apenas um corredor estreito de pedras quadradas planas. A porta se distanciou. Abaixo de mim, apenas magma. Atrás das paredes de fogo, pequenos Demônios do Fogo riam e preparavam para me queimarem vivo.

As coisas ainda estavam longe do fim, meu amigo. Por agora, descanse.

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