sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Scorcese não gosta de Jurassic Park?

"Olha Martin, os marvete ficando pistola, não se pode ter opinião mais..."
Eis que dois dos diretores e produtores de cinema mais consagrados da histórias acharam por bem tornar público um nítido desgosto pelos atuais sucessos de bilheteria da indústria cinematográfica vigente.

Ambos dispensam comentários e apresentações, tão pouco suas obras. Ambos vieram de uma época que o cinema era outra coisa, outra mentalidade, assim como já foi antes disso, quando cinema era uma opção de entretenimento para classe trabalhadora, feita de forma rasa e unicamente para angariar renda, sem qualquer compromisso com arte propriamente dita.

De acordo com M. Scorcese, Marvel seria como um parque temático, com atores fazendo o melhor que pode em um chroma key gigante mas que não tem alma, não tem profundidade, não deixa de ser um trabalho cinematográfico mas, que infelizmente não é o tipo de moda que ele queira consumir. E eu entendo e concordo.
Faz muito tempo que os filmes da Marvel não me encantam, não me deixam no hype. Talvez por eu ter visto essa brincadeira começar lá nos anos 90, no Blade, Batman do Tim Burton, do Joe Schumacher, entrando no novo milênio com o Homem Aranha de Tobey Maguire pelas mãos de um cineasta conhecido por fazer filmes de terror, como Evil Dead, Evil Dead 2 e Spider Man 3, onde "Sam" (diminutivo de Samuel) Raimi teve a grande proeza de fazer 3 filmes (sendo dois deles bons, e um deles uma ótima seqüência) iguais, na narrativa usada.
Essa discussão traz um gosto amargo difícil de tragar e admitir se você for um fã árduo da mídia cinema e quadrinhos, visto que por um lado, existem quadrinhos e filmes que trazem narrativas e propostas autorais e singulares que se tornam icônicos, por outro, assim como aconteceu injustamente com o jogo E.T. para Atari de ter sido o motivo do crash de 83, um consumidor de uma mídia acaba recebendo muitas vezes muito mais produtos sem qualquer compromisso em fazer algo novo e totalmente dedicados em ser aquele produto super em alta só que com outra razão social recebendo os royalties.
Eu entendo M. Scorcese quando lembro de ter visto Era de Ultron, Guerra Infinita e Último Ato com um certo "Ok, belos efeitos especiais", não são ruins, só que, digamos, depois que você lê Batman Cavaleiro das Trevas de F. Miller, Watchmen de A. Moore, ou até mesmo os cartoons de Arnaldo Angeli e Laerte Coutinho, a régua vai lá em cima e qualquer coisa que não alcance ou passe-a, acaba recebendo uma medalha de honra ao mérito por ter ao menos competido, mas que no máximo receberá menção honrosa sem muitas considerações e euforia, mas são volume.
Comparando com videogames, como fiz anteriormente, é como se ele quisesse jogar mais jogos como The Last of US mas só encontra GTA, onde há diversão e um cenário exuberante reproduzindo, em menor escala, uma cidade viva, mas, não tem a profundidade e a adrenalina que Joel, e esse que vos escreve já deu risadas e se divertiu cometendo crimes em San Andreas, mas eu sou muito mais encantado a jornada de um homem e uma garotinha e um final onde você se pergunta: eu faria o mesmo? Eu faria.

Agora, sobre o senhor F. F. Coppola (cujo sobrenome todos falam errado), francamente, quanta indelicadeza. Convenhamos, o senhor não precisava extrapolar, bastava concordar com o colega e não dar essa pedrada nos filmes da Marvel, essa pedrada você pode tocar na DC, pra não dizer que não lembrei das flores. Mas na DC você toca os rolos das filmagens de Jack com Robin Williams, combinado?

Eu sou Dênis Pimenta, aka PI, e lhe espero nos comentários para caso você traga outra perspectiva sobre o assunto.

Bom fim de semana.

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