sexta-feira, 31 de março de 2017

Borboletas de Concreto




A cidade, tumulo de concreto.
É bombardeada por borboletas.
Brancas, amarelas, alaranjadas.
Voam e planam no seu balé desconexo.

Os homens,
animais egoístas.
Não enxergam a beleza.
muitas borboletas significam muitas larvas,
e prejuízo na plantação.

A beleza só é admirada
quando lhes é conveniente.
Mas as borboletas ainda planam pelo tumulo de concreto.

Dando relampejo de vida a depressão.
Dos poucos homens que com ânsia e desespero,
 se apegam a qualquer beleza
que lhes permita acreditar novamente na vida.

Seu balé continua pelas ruas,
Sangue e suor do homem.
Encontram os olhos das poucas crianças jovens ou velhas,
que em suas peripécias.
Possuem a suavidade de esperança humana.


                                                                     Raíra

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