terça-feira, 24 de junho de 2014

Mordrecai.

Eu sinto sua mão fria;
Passando sobre meu rosto;
De joelhos no mar de sangue;
Entoe poemas das trevas para mim;

As sombras vão gentilmente te abraçar;
E te levar a sua vingança;
Sua alma é tudo que eu quero;
Seu pai irá morrer;
Sua mãe irá se alegrar;

Incestuoso;
Bastardo;
Indigno;
Nojento;

A vida só vai lhe causar mal;
Mas não tema;
Você nasceu nas trevas;
Cresceu nas sombras;

Ninguém olhava para você;
O unico gosto que sentia era odio;
O unico amor que sentiu foi pela flor do abismo;
Roubada de você;

Injustiçado;
Roubado;
Amaldiçoado;
Traído;

Dê-me o que eu quero;
Eu te darei tudo que você quer;
Estenda a sua mão cansada;
E venha comigo;
Que e vou te ensinar;
Aquilo que os deuses dos homens mais temem;
Venha comigo meu filho;
Irei enterrar os seus medos;
Irei apagar os seus receios;
Irei te ensinar a escutar as vozes da escuridão;

Apenas tentações esperam;
Se você não seguir meu caminho;
Apenas condenados entre o caminho;
Você terá a sua vingança;

Apenas entoe poemas das trevas para mim.
Gabriel Borges A. Vargas
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Oblivium sempiternum daemonis.

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