terça-feira, 4 de outubro de 2016

Furi - PS4 - Parte 1

Talvez vocês ainda não saibam, mas eu estou mergulhando na era PS4. Entre as grandes vantagens de se acessar a PlayStation Network, uma delas é a quantidade de jogos gratuitos que ela quer que você jogue por razões que não consigo compreender.

Serião! Não sei porque cargas d'água as empresas fazem jogos gratuitos que não oferecem vantagem alguma através do DLCs (os conteúdos adicionais pagos).

É o caso de Fury. Eu joguei muito pouco ainda para saber de mais detalhes, mas a coisa parece ser um bom derivado de Afro Samurai, adicionando cores psicodélicas. Não estou brincando: no jogo, você é um samurai (que até onde eu cheguei, ainda não tinha nome) aprisionado em um universo com cores desconexas e muito efeito neon. A história conta poucos detalhes, mas você percebe que o samurai (ou ninja, sei lá...) que pertencia à resistência foi capturado e torturado por dias e dias, por um carcereiro cretino.

Em um desses dias de martírio, um monge com um capacete de coelho de pelúcia aparece, fica fazendo filosofias ao vento, liberta o samurai e entregando-lhe a espada e a pistola (hein?) ensina a devolver o castigo ao carcereiro. Começa a primeira luta-tutorial-very-hard-first-stage.

Caras, eu não estou brincando. Outra coisa que não consigo entender é como um sábio que quer ser respeitado põe uma coisa dessas na cabeça. Mas vamos dar uma chance a esse universo paralelo...

Aqui, o mais interessante é que, no decorrer da luta, o carcereiro ameaça piorar ainda mais as sessões de tortura, como se tudo aquilo que ele fizera antes fosse um doce sonho de verão. Estamos falando de um inimigo que tortura por hábito. Se ele fosse questionado, diria que só estava fazendo o seu trabalho.

Nesta ocasião não. Ele fica com ódio. Começa a propondo coisas do tipo: "Volte para sua cela, e eu prometo que farei você sentir menos dor do que essa que eu vou te colocar agora!"; passando para "Quando eu acabar com você, você vai DESEJAR voltar para a cela."; e terminando em algo como: "Dor? Você acha que aquilo era dor? Volte para a cela, ou eu o obrigarei a mudar o seu conceito sobre a dor!"

Quero dizer, tirando a força descomunal e as severas ameaças de morte, até que ele é legal...

(Depois de muitos "game over", pode ser que você tenha um bocado de sorte e paciência. E vença.)
 Depois de muita luta através da katana, do laser rápido, do laser carregado e de esquivas ultra-mirabolantes, você conseguirá mandar o carcereiro à puta que o pariu. Não sem custo, mas o importante é o resultado.

Aí é hora de conversar com o monge... que agora eu vou chamar de Kuma, (é urso em japonês, saca?) porque motivos de... que se foda! O monge Kuma aparece com sua cabeçorra de coelhinho e fica divagando sobre como a prisão destrói a gente por dentro e do quanto nós dois sabemos disso. Essa vã filosofia é um tanto vazia, mas nosso amigo Pimpão abre algumas portas e se teletransporta sempre para um pouco mais adiante, provando-se um pouquinho mais útil do que aparenta... (E é aí que eu vejo maiores semelhanças com Afro Samurai: você tem um longo caminho pela frente e tem um companheiro que mais parece uma alucinação.)

Ele não parece feliz e saltitante?
Então, Kuma (sim, o coelho Kuma, por quê?) desanda a falar igual a um geminiano, sobre uma prisioneira enlouquecida, que era parecida com o samurai sem nome, e que o cárcere a destruiu de maneira que ela não tem mais cura. E ele abre as portas para o samurai delongando sobre o quanto a louca é forte, poderosa e insana, como também como será fácil para ela matar sem remorso... espera, o quê???

Realiza aqui comigo: a gente tá fugindo da prisão, e sabemos que tem uma prisioneira louca que perdeu todo e qualquer sentimento humano ou empático, a prisão a transformou em uma psicótica louca pelo ato de matar. Entre nós dois aqui no grupo temos o monge que convenientemente desaparece quando o bicho pega e eu, um samurai recentemente torturado a ponto de ter perdido a noção do tempo. Pra que diabos mesmo a gente vai cessar a fuga e bater na porta da cela da maluca? Será que só os carcereiros e guardiões não são problemas suficientemente fodas para resolvermos?

Mas o que eu sei sobre a vida? Esse monge aparentemente lunático, que pode ser uma alucinação minha, colocou uma espada e uma pistola em minhas mãos, então, diabos... talvez seja até divertido.Talvez a solidão tenha deixado a tal moça carente de atenção. E você sabe o que eu quero dizer... "atenção". Bem, ela também não deve ter comido muito no cárcere. Eu descarto um pouco a ideia de ela ser uma psicopata obesa. Talvez ela só queira um amigo descolado para descontrair. Louca? Ah, talvez falte um pouco de malícia nesse meu guia...

Ela não é exatamente muito simpática...
A amiga do Kuma aí parece que foi amarrada, amordaçada e sodomizada por tentáculos. Se vocês assistem animes de gosto questionável podem mandar pra mim links sabem bem do que eu estou falando. Em princípio, alguém teve a brilhante ideia de fixar um capacete com um canhão de prótons na cabeça dela, e seus pés e mãos estão presos a um veículo de metal que mais parece um monociclo. Essa é a prova de que o carcereiro dessa ala também não era exatamente muito sano.



Tivemos nossas diferenças no início, eu admito...
A Vera (isso mesmo, decidi chamá-la de Vera) não ficou demasiadamente feliz comigo. Depois de uma longa conversa com a minha katana, ela soltou os braços e partiu pra cima de mim com uma foice...

...com resultados questionáveis.

Mas Verinha é brasileira e não desiste nunca. Ela se desfez de seu veículo motorizado e partiu para o que a maioria de nós brasileiros faz de melhor: sair no braço!

Considerando a quantidade de golpes que ela levou, é bem possível de ela estar zangada...
Verinha agora prova que não é funkeira, mas está descontrolada. Pula no pescoço, tenta arrancar-me os cabelos. É como se eu fosse seu namorado e esquecesse a numeração do Wellaton que ela usa.

Eu vou poupar vocês das dificuldades que tive em derrotá-la. Não, peraí... eu vou dar uma disfarçada...

Usando técnicas ninjas milenares (como a técnica dos 25 mil continues), consegui vencer Verinha e sua TPM, jogando-a em um misterioso fosso que convenientemente fazia parte do local da batalha. Mas foi um bom fim para Verinha, no fim das contas. Morte com Epic Kill.

Restou-me continuar a vagar pela prisão gigantesca, e aguardar por Kuma, meu enigmático guia que havia muito a me ensinar ainda... como, por exemplo, onde vendem fichas para a máquina de refrigerantes.

Roger Rabbit, digo, meu guia me contou que o final de Verinha foi o melhor para ela, pois sua situação chegara a um ponto sem retorno. (Chegara, do pretérito mais que perfeito. Eu não disse "chegará".) E, por fim, que a morte para o caso dela seria muito mais um caso de libertação do que de dor ou castigo. Afinal, ela sofreu e vinha sofrendo demais.

Essas lições do Kuma são bem questionáveis. Pensem aqui comigo: Se "matá-la é o mesmo que libertá-la.", e isso quem falou foi o cara que me soltou da prisão dizendo que conhecia o caminho da liberdade... Talvez, com sorte ele me leve a um precipício ou à uma guilhotina. Sei lá. Só vou continuar porque achei divertido usar essa katana...

Kuma levou-me a um local a céu aberto em que as leis da física e da lógica não faziam lá muito sentido. Ele disse coisas como "Este lugar é como um sonho."

Não que eu esteja, à propósito, procurando lógica nesse universo, claro...

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No próximo episódio:
O samurai Bier encontra um monge muito louco!
Não perca as aventuras dessa galerinha do barulho!
Não perca mais nomes engraçados e piadas clichê.

Um comentário:

  1. Comentários sobre isso:
    1 - Adicionado à lista de leituras "Afro Samurai".
    2 - O monge Kuma fez escola com o Mestre dos Magos. KKKK
    3 - Um pouco desbocado esse seu artigo, senhor Bier.
    4 - Sério mesmo que você gosta desse tipo de anime?
    5 - Tu tava cheio de intenções com a Verinha, né?
    6 - Até em um outro mundo tu pensa em refrigerante?
    7 - Eu não confiaria nesse monge, não...
    Mas vá em frente! Vamos à parte 2!!!

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