segunda-feira, 4 de julho de 2011

As Crônicas Tibianas - Cap. 57

Após a porta de pedra

Um primeiro estalo em meu escudo me fez entender muito bem toda a situação. Eu estava cercado, sem saber a quantia de adversários. A sala inteira era feita de pura chama. Muito em breve, eu não aguentaria defender tantos ataques, de inimigos que eu mal poderia localizar. Usei uma das Pedras Rúnicas de Gelo para um dos Demônios que eu pensei ter visto.



Senti, depois disso, muito calor nos ombros. Um deles havia me acertado as costas, mas não permiti que o fogo se alastrasse. Quando virei-me para esse adversário, outro atirou uma bola de fogo que estourou em meu escudo. E aí, entendi que o fim estava próximo, pois eu jamais atravessaria o corredor sem ser atingido, e não poderia passar sem curar-me das feridas que o fogo me fazia. Uma nova bola de fogo veio em minha direção. E outra pelo outro lado, não conseguia mais esquivar. O calor se aproximou de meu rosto, dali eu partiria ao chão, onde eles poderiam queimar meu corpo à vontade.

Subitamente, um escudo prateado aparou a primeira bola de fogo.
- Ande logo, Scott! Não temos o dia todo! - Gritou Andrezinho, empunhando o escudo.
- Acalme-se! - Gritou em retorno Sam Scott, com uma Pedra Rúnica nas mãos.

Sam Scott jogava gelo em todos os inimigos de um lado, os do outro tinham seus ataques evitados pelo escudo de Andrezinho. Milla veio em minha direção e fez-me beber uma poção de cura. Bryan estava abaixado, pegando mais poções e alcançando-as para Milla.
- Mestre Bierum! Nos desculpe pela demora, havia muitas aranhas no caminho...
- O importante é que nos encontramos novamente. - Interrompi. Abri minha mochila e continuei. - Estas são Pedras Rúnicas de Gelo. Assim como Scott está fazendo, vamos vencer os Demônios do Fogo com elas.
- Entendi. - Ela disse.
- Certo! - Disse Bryan.

E assim, nós três entramos na batalha novamente. Começamos a congelar os Demônios do Fogo. Embora parecesse que nós matamos todos eles, o fogo não cessava, mas a porta ao final do corredor se abriu.
- Milla, está vendo aquela porta? É para lá que vamos!
No entanto, quando nos aproximamos, a porta se fechou novamente e novos Demônios começaram a chegar por portais momentâneos. Nossas pedras rúnicas estavam acabando. Não poderíamos simplesmente atacar os adversários, dada a distância que estávamos.

No entanto, da porta por onde chegamos, um arqueiro em uma capa vermelha e armadura dourada chegou. Ele empunhava um arco e flechas mágicas de gelo. Os Demônios pereciam a cada flecha acertada, acrescento que ele não errava uma única flecha. Por trás daqueles cabelos longos, castanhos e ondulados, reconheci Biertrus. Mas mal pude cumprimentá-lo, a porta se abriu novamente. E adentrei-a em um salto.

Após a porta de Pedra, a escuridão reinava absoluta. Creio, no entanto, que você, meu amigo, deve estar cansado. Farei uma pausa. Preciso que você tenha a energia que eu tive naquela ocasião.

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