segunda-feira, 11 de abril de 2011

As Crônicas Tibianas - Cap 51

Mais lendas de Darashia

A Lenda de Sam Scott
Sam decidiu montar um mapa da cidade feito à mão. Começou do Centro comercial e foi aborrecido por dois homens fortes que corriam apavorados. Esbarram em seus ombros e, por resultado, teve de começar tudo de novo. Depois, ele chegou ao cais, onde viu vários marinheiros carregando um único homem, que ele não conseguiu ver direito, mas percebeu que ele se negava a beber e comemorar. Ao fundo do cenário, uma embarcação afundava enquanto pegava fogo. "Que cidade confusa!" -  pensou.

Um pouco mais tarde, uma garota passou correndo por Sam e acabou pisando no pergaminho que viria a ser um belo mapa, não fosse o incidente. A garota se desculpou e se encantou com os olhos de Sam. Acabou seguindo o jovem, que continuava a mapear Darashia. Fazia perguntas demais a ele, mas ele jamais se aborrecera ou zangara com isso.

Pararam os dois no deserto. Escoraram-se numa palmeira. Sam Scott se mostrou um grande desenhista. Ela vislumbrava sua arte. A tarde estava chegando. O Sol Tibiano no Deserto é mais forte.
- Estou com uma fome... poderia comer um leão! - reclamou ela.
- Eu farei comida agora mesmo. - Disse calmamente Sam Scott. E fez, em seguida, um encanto drúidico. Em suas mãos apareceram duas maçãs.

A moça ficou muito admirada com o fato fantástico. Sam explicou que a natureza está ligada ao Drúida e ensinou a ela a magia que permite que a comida seja transportada até a mão dele. Ela agradeceu, beijou-o no rosto e partiu, prometendo mostrar a magia a seus irmãos. Scott ficou sentado à sombra da palmeira. Sentiu um doce odor e ouviu uma canção que o deixou sonolento. E adormeceu antes de se questionar de onde viera tudo aquilo.

A lenda de Bierum Wizzard
Naquele dia, Bierum estava quieto, mais que o costumeiro. Viu fumaça cortando o Céu de Darashia e correu até o cais, onde uma embarcação afundava em chamas e homens faziam barulho na taverna. Julgando ter chegado tarde demais, foi ao mercado, e pensou ter visto um Demônio Gigante em um beco, mas acho que pudesse ser o Sol, ou a tristeza.

Aproveitou-se do passeio e questionou os moradores de Darashia sobre o Gênio. Pouca gente dizia. Quando dizia, pouco revelava.

Ainda no mercado, comprou incenso. Quando virou-se, esbarrou em dois homens brancos de medo, que corriam muito. Em outra tenda, comprou flores. Mais adiante, comprou um pergaminho e nele escreveu algumas palavras. E começou a caminhar ao norte. As pessoas em Darashia começaram a sussurrar sobre o estranho mago que tinha a barba e os cabelos negros e longos, e que, com um olhar perdido, jogou-se no deserto na direção de uma única palmeira.

À sombra da palmeira, ele colocou as flores no chão, acendeu o incenso usando apenas as pontas dos dedos, ajoelhou-se e começou, com uma voz triste e suave, a cantar:


♪ A espada é forte e a magia é bela
Onde está minha querida guerreira?
Quem sou eu sem ela?
Como seria força verdadeira,
Quem me a dê?
No abismo da morte, estou à beira.
Porque estou sem você. ♪





♫ Lute minha pequenina
Com sua força e devoção
Mesmo que esteja sozinha
Que você volte a ser minha
Ordenou meu coração. ♫

O mago suspendeu seu canto e fechou os olhos de modo lento e, de certa forma, duro. Segurou lágrimas, mas as deixou transparecer por sua face triste.

Há muitas outras lendas em Darashia. Mas não é necessário que eu continue contando-as. O que importa é que os preparativos para a grande peregrinação estavam quase prontos. Mas isso, meu caro amigo, será contado assim que descansarmos.

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