sábado, 17 de dezembro de 2016

Grande luz.

Continuação do capitulo de minha fic de digimon de Adventure, espero que gostem!
----------
Abro a porta, era o Taichi Yagami. Meu corpo ficou paralisado, o que ele estava fazendo ali parado na minha frente? Ensopado e chorando, ele apenas me abraça, seu corpo molhado acaba encharcando meu pijama, mas não importava, estar entre os braços dele era a melhor coisa que eu poderia querer. Ficamos uns 3 minutos em silêncio, a porta aberta e a chuva caindo, a cabeça dele escorada no meu ombro, ele suspirava forte, eu fechei meus olhos querendo que aquele momento durasse para sempre.
-Mimi?
Eu saio do transe e respondo.
-S-sim?
-Desculpa aparecer sem aviso, é que começou a chover e quando vi virou uma tempestade e eu...
Coloco o dedo na boca dele.
-Tudo bem Tai...
Nós nos separamos e então ele, todo molhado, me olha com uma cara de cão sem dono. Sorrio e vou buscar algumas roupas do meu pai, ao menos, até eu conseguir lavar e secar as dele. Chego no quarto de meus pais, enquanto ele fecha a porta, a tempestade estava feia, acho que não iria parar de chover tão cedo assim, provavelmente ele teria de passar a noite. Estou escolhendo umas roupas, até que escuto ele dizer da sala:
-O telefone está sem linha.
Sim, ele vai passar a noite.
Eu pego uma toalha e aponto para o banheiro, ele entende e sorri, pegando a toalha de minha mão e correndo para o banheiro. Vou até meu quarto, troco minha camisola, para uma roupa mais folgada, não era apropriado ficar daquela forma na frente dele. Enquanto estou me trocando, me olho nua no espelho “Porque meu corpo não é igual ao da Sora?” Fico me perguntando aquilo alguns segundos, suspiro e volto a me vestir. Saindo do quarto, vejo o Tai com aquele corpo atlético só de toalha na minha frente, coro fortemente e fico sem reação com aquela cena esquisita.
-T-tai?
-Oh Mimi, se esqueceu de colocar as roupas no banheiro pra mim!
As vezes agradeço a minha burrice.
-Desculpa!
-Tudo bem...bem acho que ao menos que você queira me ver nu, é melhor você se virar né?
Ele olha com um tom de debochado, enquanto meus olhos analisam cada parte do corpo dele, das cicatrizes, até o desenho dos músculos.
-S-sim...
Me viro e espero ele se arrumar. Ele me avisa quando ficou pronto, me virando para ver, vejo que ele ainda estava sem camisa, pelo jeito é coisa de homem ficar sem camisa, ai ai...
-Bom o que tem para comer?
-Como é?!
Caio para o lado quando ele diz aquilo.
-Ué vou posar aqui, ao menos alguma coisa boa para a visita tem que ter né?
-Err...
Me lembro que tem pizza no congelador, mas se ele tivesse pedido com jeitinho ganhava. Resolvo pegar os restos do almoço para ele comer.
Vou na cozinha e esquento o que a mamãe preparou de meio dia para comer, enquanto ele se espreguiça no sofá da sala, olha eu gosto muito dele, mas ele também é um folgado.
Levo para ele num pratinho.
-Aqui está, só tinha o que sobrou do almoço...
-Caraca!
Ele fala espantado.
-Se esse é o almoço normal de vocês, imagina como deve ser o especial!
Fala de um jeito tão inocente que acabo rindo dele.
-Do que você está rindo?
-Dessa sua cara de bobo, ué...
Ele ri junto e se avança no prato, a chuva trazia raios e trovões junto dela e para ser sincero, a companhia dele me deixava tranquila, melhor que ficar a noite toda sozinha.
-Bom já que você vai dormir aqui, me ajuda a trazer o colchão para a sala por favor?
-Eu posso dormir no sofá!
-No sofá não, vai manchar com você babando!
Ele ri e se levanta, me ajudando a ir buscar o colchão. Largamos no meio da sala, quando caiu no chão, ele se jogou junto e me puxou no processo, acabei caindo em cima dele. Meu rosto pegando fogo, enquanto ele me segurava, ele apenas ria da situação e então diz com um tom animado:
-Acho que hoje vai passar filme bom na tv, vamos fazer uma noite do cinema?
Eu apenas concordo com a cabeça, enquanto estava em cima dele.
Sentamos no sofá e resolvemos olhar os filmes que tinham e para ser sincero, não tinha nada de muito bom, mas olhamos mesmo assim, talvez para desanuviar a cabeça.
Fiquei maior parte do tempo me perguntando do porque ele estar chorando, na verdade sabia a resposta, mas queria que fosse por outra coisa.
-Tai...
Ele me olha com aquele jeito bobo dele:
-O que?
-Porque você estava chorando?
Ele fica em silêncio e volta a ver o filme e não fala comigo por uma hora. Fico uma hora me perguntando como pude arruinar tudo, até que ele quebra o silêncio.
-Tem pipoca?
Olho espantada e assinto com a cabeça.
Vou na cozinha fazer, enquanto coloco a pipoca no microondas, sinto alguém me abraçar por trás. Meu corpo congela, as mãos eram as dele, ele chega muito perto de meu pescoço, me prendendo num abraço e então ele fala baixo no meu ouvido:
-Eu vi a Sora e o Yamato se beijando hoje, na hora que fui entregar o presente...
Eu suspiro e seguro as mãos dele, quieta, olhando para baixo.
Ele continua abraçado em mim, com força, até o apito do microondas atrapalhar nosso momento.  Ele se separa e eu pego a pipoca, estava quente. Ele vê e tira das minhas mãos, abrindo o pacote para mim. Voltamos para a sala e resolvemos sentar no colchão, era bem mais confortável. Esfriou um pouco, mas ao invés dele me deixar levantar e buscar uma coberta, disse que era melhor ficarmos abraçados. Eu estava muito corada com aquela situação, aonde ele queria chegar?
-É que abraçado gera mais calor.
Acabei rindo, mas disse sim aos pedidos dele, afinal, quem iria aproveitar mais a situação era eu, não é?
Começou um filme romântico na tv, daqueles bobos, comedia romântica, eu amava, ele não, mas depois de tanto insistir, ele deixou ficar no canal. De vez em quando eu sentia as mãos dele passando nas minhas pernas, ou em algumas cenas mais românticas, um abraço mais apertado, o que havia acontecido com o Tai? Vou me deixando levar pelas caricias, retribuindo e quando dou conta, estávamos nos beijando. Um beijo profundo, como todo primeiro beijo deve ser, romântico, atrapalhado.
Empurro ele, sem ar, coloco a mão no peito, com os olhos arregalados.
-T-Tai!
Ele fica em silêncio e me puxa de novo, o que estava acontecendo? Eu estava totalmente envolvida pelo moreno e ele por mim, nosso beijo ficava cada vez melhor. Até que ele me jogou no colchão e ficou em cima de mim. Eu não conseguia me mover, não porque ele não deixava, mas sim porque meu corpo estava 100% naquilo. Ele começa a tirar a minha camisa, minhas mãos tentam lutar sem sucesso, não fiz nenhuma força para para-lo. Ao tirar tudo, o alvo dele foi meus seios, eram pequenos e pontudos, mas ele não ligava, simplesmente começou a chupa-los e beija-los. Gemia abafado, enquanto ele brincava como queria comigo.
-T-tai...
Não conseguia falar nada, além do nome dele, estava toda arrepiada e não conseguia me livrar daquilo, era tão errado, mas era o que eu sempre quis. Cansei de escrever historias na internet sobre nós, mas nunca pensei que iriam acontecer e não de um jeito tão simples. Os beijos vão descendo até chegar no meu umbigo, ali ele para, respiro aliviada, pensando que ele havia tomado juízo e parado, me enganei. Ele tira meus shorts e eu estava sem calcinha ainda por cima, para piorar a situação. Ele beija em volta de minhas pernas e então para na frente de minha intimidade, com um olhar de maravilhado.
Viro meu rosto corada, não sabia o que dizer. Que situação eu me meti? E o pior é que nem lutei para escapar, deixei chegar nesse ponto, o que ele vai pensar de mim? Que sou uma vadia, ele não sabe que eu amo ele.
-Eu te amo...
Só consigo falar isso, acho que quis esclarecer algo para ele, o que? Eu não sei. Ao falar aquilo ele se afasta e sobe, voltando a me beijar.
-Com você tem que ser especial...
Diz no meu ouvido baixinho, enquanto me beija. Ficamos nós beijando por um bom tempo. Meu coração disparou de uma forma, que achava que ia morrer, o corpo dele se esfregando no meu, completamente nu e depois ouvir que comigo tinha que ser especial, é muita informação para uma garota novinha como eu...
Ele parou e me deu minhas roupas e repetiu o que já tinha dito:
-Com você tem que ser especial...porque você é especial...
Eu o abraço, corada e quase chorando, o abraço foi tão forte, que quase deixou ele sem ar.
Acabamos por dormir juntos, naquele colchão, a tv ligada e a chuva caindo.
Ao amanhecer, me acordo, ele não estava lá, já tinha saído e ido para casa. Sozinha em casa penso em tudo que aconteceu entre nós naquela noite, cada sensação nova e boa. Não sei como seria na escola hoje, só sei que não queria levantar, estava friozinho por causa da chuva e ficar deitada era tão bom, ainda mais tendo uma noite como aquela. Me levanto, arrumo um pouco a casa e vou tomar meu banho. No banho fico me lembrando dos toques do Tai em meu corpo, meus seios ainda estavam um pouco vermelhos e doloridos, porém a lembrança fazia me sentir estranha, o Tai me fazia me sentir estranha. Me lavando chego na parte intima e ela estava bem sensível, o que era estranho, acabei passando o sabonete ali, o que me fez dar um gemidinho de prazer, no momento me veio todas as vezes que imaginei o Tai e eu em momentos íntimos, o que me fez querer experimentar aquela sensação novamente, dessa vez passei meus dedos mesmo para ver como eu ia me sentir, novamente um arrepio e um gemido de prazer, continuo a mexer ali de forma lenta, o prazer foi tomando conta de mim e sem notar, o som do gemido ficou mais alto e a sensação prazerosa também. Acabei que no momento de extase corporal, gritar o nome do Tai em voz alta. Como um garoto podia fazer isso na cabeça de uma pobre garota.
Saio do chuveiro relaxada, parecia que havia saído um peso de mim, suspiro forte e me visto, não sei como poderia encara-lo hoje, só sei que deveria.
Saindo de casa encontro a Sora, que começa a me contar sobre o quão maravilhosa foi os momentos dela com o Matt e sobre a noite deles. É pelo jeito eu não fui a única que teve uma noite diferente.
-Sabe Mimi...O que eu fiz com o Matt, foi tão magico!
Ela me dizia em tom de euforia, enquanto eu fazia movimentos para ela abaixar o tom, para os outros não escutarem.
-Ele foi gentil, mesmo eu não sabendo como agir!
Apenas assentia com a cabeça, não conseguia parar de pensar no Tai, de forma alguma.
-Oh me desculpe! Estou falando só de mim.
-Tudo bem, não tem nada muito de novo para contar mesmo.
-O dia que você arrumar alguém, espero que ele te trate como o Matt me trata, é tão incrível!
Acabo rindo, mal ela sabia que eu já tinha arrumado e foi graças a ela. Claro eu estava triste, mas acabei ganhando também.
Chegando na escola me deparo com o Tai, acabamos ficando um de frente para o outro, porém ele desviou o olhar e se afastou.
Na hora achei que era bobagem minha e só que ele estava atrasado para algo.
Batendo o sinal, me despeço de Sora e vou para a sala de aula e infelizmente lá, o tempo demorou muito para passar. As palavras do professor suavam como língua estranha para mim, Tai era a única coisa que meu cérebro processava nesses momentos de tedio, o toque dele também. Quando toca o sinal para o intervalo, caio na real do mundo, meu caderno estava cheio de desenhos e anotações bobas sobre a noite que havia passado. Eu estava ficando preocupada já, não é normal alguém estar tão vidrada assim.
Me levantei e peguei minha bolsinha com o dinheiro para o lanche, ao virar para porta, lá estava ele me esperando, me olhando de um jeito estranho.
-Mimi?
Ele se aproxima de mim, me devorando com aqueles olhos escuros.
-O-o que?
-Me encontra no telhado no fim da aula, ok?
Apenas assinto com a cabeça, estava envergonhada demais para falar.
A sala estava vazia e então ele aproveitou e me deu um leve selinho. Meu corpo arrepiou na hora, o sono matinal que estava sentido havia sumido, dando lugar há um calor no peito.
Ele se separou de mim e saiu da sala, não olhando para trás, algo me dizia que ele estava arrependido, mas que queria aquilo...
-Hey Mimi-chan!
  Alguém me dá um tapa nas costas, era a Miku, eu estava ainda na sala de aula, perdida nos meus pensamentos.
-Afinal o que o boy mais disputado da escola queria aqui?
-Nada...
-Seu rosto tá vermelho, cê tá passando bem?
-Estou sim!
Eu não havia percebido que estava tão corada, coloco a palma de minhas mãos em minhas bochechas, estavam queimando de quente.
-Me desculpa preciso ir no banheiro!
-Ok então...que garota estranha.
Lavo o meu rosto, o som da água me acalma um pouco.
-Mimi...por que você foi se apaixonar assim?
-Ai Matt, não coloca a mão aí.
Olho no espelho e pelo reflexo da fresta da porta podia ver a Sora e o Yamato se agarrando.
-Que foi, aqui é escondido...
Ele acaricia o corpo dela.
-Você sabe que ninguém vêm aqui nesse banheiro, por que dizem que é assombrado.
-Mas e se tiver alguém?
-É rapidinho Sora-chan...
Eles acabam por entrar no banheiro, eu me escondo rápido dos dois, dentro de uma das cabines.
-Faça logo então!
-Com prazer.
Me agacho e vejo por baixo da porta, o que consigo ver é apenas as pernas morenas da Sora, com a calcinha abaixada até os pés e as calças do Matt arriadas até um pouco abaixo da bunda.
Eu quase ri ao ver aquela bunda branca do loiro, porém tive que me contar para não descobrirem que eu estava ali.
-Vai com calma!
-Tudo bem, tá bem molhadinha...
Escuto a Sora soltar um gemido, não acredito que eles estavam fazendo aquilo, logo ali no banheiro.
Os gemidos vão intensificando cada vez que o Matt dava uma estocada na Sora, tanto dela, quanto os dele. Passou alguns minutos, até que o Yamato dá um grito abafado, parecendo algo incrivelmente primitivo. Um liquido viscoso cai no chão, no meio dos dois, acho que eu sabia o que aquilo era, mantinha a mão na minha boca, para eles não saberem que eu estava ali. Aquilo foi surpreendentemente estranho, porém uma alegria tomou conta de mim, afinal aquela situação foi a mesma que fez o Taichi e eu ficarmos, em teoria, juntos noite passada.
Ela se limpa, enquanto ele só ajeita as calças, o som do zíper fechando ecoa pelo silêncio que ficou depois daquilo que eles fizeram.
-RIIIINNGGGG!
O sinal toca, eles vão de volta para a sala, eu espero um pouco e saio o mais rápido que posso para não chegar atrasada.
Chegando na sala, me sento, o que havia acontecido com minha vida? Até ontem essa hora, estava tudo normal, agora até sexo na escola eu estava vendo? Palmon iria rir de tudo isso, se ela entendesse claro, o que acho que não ia acontecer.
Acabo me pegando rindo na aula as vezes, com tudo isso, principalmente quando a Sora, ou o Tai passam pela minha sala, para ir pro banheiro assombrado.
O ultimo sinal toca, sigo para o telhado que ficava contra mão a saída, logo essa hora dificilmente teria alguém lá.
-Oi Mimi.
Quando coloco meu pé no chão, me pego olhando aquela vista maravilhosa, enquanto o moreno me agarrava por trás, me apertando com força e dando uma fungada no meu pescoço e pelo amor, eu amava aquilo.
Ele me empurra até uma beirada do telhado, enquanto beijava meu pescoço, dando leve mordidinhas na orelha.
Ele me vira, um pouco bruto, algo já esperado por ele e então toca em meus lábios com os dele, me beijando passionalmente, suas mãos fortes apertavam a minha cintura fina, enquanto o vento fresquinho que acompanha o fim de uma tempestade batia em nós.
Paramos o beijo, apenas para ficarmos apreciando o olhar um do outro e então naquele silêncio sagrado, a voz dele o quebra.
-Mimi...quer namorar comigo?
Eu fico em choque, tão rápido assim? Tipo tudo bem que ele foi o primeiro que me beijou, mas mal ele estava correndo atrás da Sora e agora está num telhado comigo. Acabo ficando quieta, o que o deixa desanimado. Fico pensando comigo mesma se aquilo era certo, afinal, parecia que ele estava me usando. Mas me lembro de todas as aventuras no mundo digital com ele e sabia que o moreno não me deixaria na mão. Começo a rir de forma descontrolada, o que o deixa assustado e acabo soltando um “Sim!” mais alto que eu posso.
Ele ri junto e voltamos a nos beijar, de agora em diante Mimi e Taichi, eram um só.
~Três meses depois~

Hoje faz três meses que eu e o Tai estamos namorando, eu comprei um presente para ele. Sim  eu sei que é cafona dar um presente para alguém com tanto pouco tempo de namoro, mas qual é, eu amava ele do fundo do meu coração.
Era um óculos de aviador novo, já que ele havia dado o dele para o Daisuke e eu sei que ele gosta dessas coisas.
Tudo escurece, acho que acabou a luz.
-Crianças a luz acabou...
A professora fala desanimada, porém eu e meus colegas gritamos em coro, animados. Corro direto para o telhado, nosso ponto de encontro, mas ele não estava lá.
Espero um tempo, olhando a paisagem, as montanhas, os prédios, o tempo estava tão tranquilo.
Dou uma leve suspirada e me escoro com os braços numa das muretas do telhado. Olho para baixo, é uma confusão entre alunos. Me ajeito para olhar melhor e vejo o que não queria ver, um era um alemão, provavelmente o Matt...porém o outro era o Tai. Ao ver o meu amado, corro as escadas, como se não houvesse amanhã. Por que ele estaria brigando, com o melhor amigo dele?
-POV do Matt-
A aula hoje acabou mais cedo, graças a Deus que a luz acabou. Arrumo minhas coisas, eu deveria encontrar a Sora de baixo da árvore do pátio principal, onde sempre nos encontrávamos para ir para casa e agora provavelmente poderíamos ficar mais tempo juntos.
Chego de baixo da árvore, o clima estava agradável, dava uma leve paz, fecho meus olhos e suspiro e começo a pensar em tudo que eu e a ruiva passamos para estarmos juntos, ontem havíamos comemorado três meses de namoro e eu ainda estava animado.
-Hey seu babaca!
-Hey Tai, isso é jeito de chamar seu...
Sinto uma dor na minha face, o Taichi Yagami havia me dado um soco na cara.
Coloco a mão no rosto e grito:
-O que diabos tu tá fazendo cara?!
-Ensinando alguém há não roubar a garota dos outros!
-Como é?
Ele chuta meu estomago, porém defendo, os alunos começaram a ficar envolta, alimentando a briga, quando me dei conta, estávamos aos socos e chutes.
-Eu não toquei na Mimi seu idiota!
-Que Mimi o que?! Você roubou a Sora, a minha Sora!
Enquanto desviava de um chute, eu vi a Mimi atrás do Tai, ela escutou as palavras dele e provavelmente doeram mais nela, do que qualquer soco que eu tenha levado. Tento parar a briga, para acabar com aquela situação, porém o Tai continua a avançar, até que alguém aparta, porém leva o soco do Tai com tudo no estomago, era a Mimi.
Ao ver o golpe, Tai se espanta e pula para trás. Mimi caí no chão, cuspindo sangue, o soco foi forte, acho que dava para escutar o barulho de longe. O moreno estava em choque, seus olhos arregalados mostravam um sentimento que eu não sabia descrever.  Ela fica de joelhos, lagrimas caiam dos seus olhos, sangue escorria do canto de sua boca, ela então olha nos olhos do Tai e diz, com uma voz calma gentil:
-Tai...para por favor...
Ela tosse, saí um pouco de sangue e retorna a falar:
-Feliz três meses de namoro...
Ela então estende a mão e desmaia, entre os dedos estão um óculos de aviador, azul, parecidos com o que o Tai tinha quando criança. Sinceramente, aquilo doeu no meu coração, que até eu tive de chorar com aquilo. Meu irmão e o Daisuke seguram o Taichi, enquanto Hikari vem ver como está a Mimi.
Taichi solta um grito e consegue se soltar e então saí correndo, com lagrimas nos olhos, ninguém tenta para-lo.
---Mimi POV
Faz uma semana que aquilo aconteceu. Eu me sinto tão idiota, não por ser usada, mas sim por não ser capaz de fazer o Tai feliz comigo. Suspiro, enquanto olho aqueles óculos de aviador, eu mantenho eles comigo, esperando algo acontecer. Faz uma semana que o Taichi desapareceu, mesmo com todo aquele rolo, as pessoas se preocuparam com ele e eu mais ainda. Nos meus pensamentos ele iria voltar, se desculpar, dizer que foi um engano e eu boba iria perdoa-lo e ama-lo incondicionalmente, como já o amava. Suspiro, minha barriga ainda doía, um pouco, o golpe foi forte o suficiente para me deixar 3 dias de cama, o maldito tinha força. Olhava pela janela da sala de aula, o tempo estava nublado, iria chover. Abaixo a minha cabeça e então meu celular toca, era uma mensagem do TK.
“Mimi, precisamos ir ao digi-mundo, nos vemos na sala do computador.”
Sinceramente eu não estava muito afim de ir, não depois daquela situação toda, mas acho que não tinha jeito né, ao menos seria bom para esquecer o que havia acontecido.

----Taichi POV
As gotas de chuva escorriam do meu rosto. Faz uma semana que não vou para casa, não depois daquilo. O que deu em minha cabeça? Parecia que eu estava enfeitiçado, só quando eu soquei o estomago da Mimi as coisas voltaram ao normal. Coloco minha cabeça entre as pernas e me encolho, estava no parque da cidade, a chuva me cobria, mas eu não ligava, não mais. Sinto braços me envolvendo, eram delicados, eles me abraçam forte, me sinto bem naquele abraço. Coloco a palma das minhas mãos naqueles braços que me envolviam e então escuto uma voz gentil.
-Tai, vamos para casa.
-Ninguém me quer lá...
-Mas lá não é sua casa, não mais.
A dona da voz me beija no rosto, foi um beijo delicado, me volto para ver quem era. Uma figura de cabelos loiros compridos, olhos verdes, me lembrava muito a Angewomon, seu corpo aperta contra o meu. Era a garota nova, Izumi. Ela havia se mudado faz 4 meses para cá e estava há 3 meses na escola, sempre notei que ela tinha uma quedinha por mim, mas a via apenas como uma amiga, até ela me mostrar algo naquele dia da briga....
------------------
Espero que tenha gostado e calma que tem mais por vir!

Um comentário:

Vai comentar? (Faça login no Google antes.)
Com a palavra, o mais importante membro deste blog: você!