domingo, 12 de outubro de 2014

Narûk, o Engraçado.

A primeira vez que conheci meu inimigo foi numa batalha na planice de Mordor. Estava eu lutando contra Gröb o Armeiro, um Uruk fedido, capitão ralé das forças da mão negra, eu estava ganhando a luta, até conhecer um dos meus maiores rivais, Narûk, um Uruk magro e esguio, lutei contras os dois orcs, os ferindo, mas pereci em batalha, ao menos deixando cicatrizes nos dois. Eles subiram de rank no exercito de Sauron e eu os vi indo embora e rindo, enquanto as trevas se fechavam em minha volta.

Após ser revivido pelo espectro do anel, fui direto ao meu segundo encontro com ele, sem querer o encontrei num acampamento de escravos, onde fui saudado com uma frase: "Eu já te matei uma vez, não vai ser dificil te matar de novo quase-morto!". Lutamos e usando meus poderes de espectro, o queimei, poupando sua vida, fui ajudar outros escravos necessitados, mas nessa segunda batalha, eu sabia que havia conhecido alguém que não descansaria até me matar.
Grüb foi morto por um Graug, um tipo de troll, que para mim tem 3 metros de altura e é muito, muito forte, porém calmo e não apresentaria verdadeiro perigo se não fosse incomodado. Fugindo do Graug enfurecido, acabei parando num tipo de valão, onde encontrei Narûk.

Ele me esperava, com a cara enfaixada e algumas partes do corpo também estavam machucadas, pelos meus ferimentos, a unica coisa que ele me disse foi: "Você vai pagar por ter feito isso comigo!". Lutamos de modo equilibrado, até que um grupo de Uruks surgiu guiado por um capitão: "O Osso branco". Não me recordo o nome direito, a batalha com ele foi rápida e mortal. Aquilo era uma armadilha, que ele havia planejado para mim e eu consegui escapar dela, por pouco, matando o Osso Branco e deixando o Narûk incapacitado, meu nemesis era tipo "duro de matar".

Após alguns encontros veio o último.
Estava chovendo naquele dia, o cheiro do mal pairava no ar, eu havia matado um acampamento Uruk inteiro, quando vi alguns escravos sendo levados para uma mina, fui salva-lós. Quem guiava os prisoneiros era ninguém menos que Uruk, depois de muito tempo sem nos vermos, ele largou a tocha no chão e disse: Não se metam, esse pele-rosa é meu!

Ele sabia que ali seria nossa última luta, justa, nenhum uruk se meteu, apenas eu e ele. Lutamos até o sol começar a surgir, apenas um risco de luz atingia nós. Ele estava ganhando, eu cai, ele foi dar o golpe de misericórdia, eu contra-ataquei, enfiei a espada na barriga dele e saí vitorioso do embate, ele não disse nada, apenas caiu, dizem que orcs sabem quando vão morrer, ele sabia.

Minhas últimas palavras ao inimigo foram: "Seu reino infernal acaba aqui". Foi a unica coisa que fui capaz de dizer, após ver meu inimigo jurado morendo em minha frente, refleti por um momento e segui em frente. Não podia parar minha cruzada contra a Mão Negra.


O que eu escrevi poderia ser um resumo de um jogo inteiro, ruim, mas um jogo inteiro. Mas não é, o que eu descrevi ali em cima, foi uma parte minima do jogo "Shadow of Mordor" que saiu a pouco para os videogames e pc.
O jogo conta com um sistema de inimigos, chamado de "Nemesis System" em que ele gera inimigos, tudo randômico, para você e tudo que você fizer a eles, eles lembram. Você queimou um, ele vai aparecer queimado, você cortou o braco de um, ele aparece sem braço e por aí vai. Pela primeira vez, senti como é ter um inimigo de verdade dentro do jogo, que me odeia e quer ver meu fim por coisas que eu realmente fiz e isso me deixa muito feliz, porque acabei criando um laço com Naruk, pois ele sabia o que eu fazia e estava disposto a me matar. Pela primeira vez eu me senti realmente na pele de um heroi.

2 comentários:

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