terça-feira, 9 de fevereiro de 2016
Série Mundos Quebrados - O Solitário
Os lábios dela bem desenhados e o olhar doce me mostravam o quanto era feliz.
O seu sorriso, que há tempos havia sumido, agora reluzia me mostrava o quanto ele era feliz.
E até mesmo o fato de parecer ignorar minha existência. Não por que queria, esse nunca era o motivo, era simples ele apenas não precisava mais de mim, eu havia lhe guiado dado força, mas ele era feliz agora.
E ignorava que apesar de ser grato por vê-lo feliz, eu estava muito longe de ser feliz.
Não me virou as costas, apenas foi embora, não sabia exatamente como me arrisco a dizer que nem ao menos notou sua partida.
Dificilmente notaria, nunca notavam o quanto eu precisava deles, ele não seria o primeiro a enxergar as lágrimas através do sorriso.
Eu não tinha o direito de reclamar, essa era a natureza de minha existência sou um anjo afinal, ninguém quer a companhia de um policial antes do perigo, ninguém bebe água sem ter sede.
Eu era auxílio e não o contrário, era compreensivo que eles esquececem de mim, que não soubessem o quanto sou solitário e infeliz depois que vão embora.
E mais natural é a minha solidão, depois do amor e dedicação a essas criaturinhas fascinantes que se denominam de humanos.
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Triste e bonito esse. Me lembrou do Gabriel.
ResponderExcluirAcho que a tristeza tem qualquer coisa de belo... mas o que queria mostrar é o egoismo enraizado na nossa especie, não esperava por esse comentário mas gostei.
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