Com ajuda de alguns amigos e cobrando alguns empréstimos, consegui escapar da dívida da minha vida. Meu campeão, Mike, também estava na pior: ninguém mais queria patrociná-lo.
Eu sempre achei que Las Vegas era como uma amante. Bonita, sedutora, prazerosa... mas basta um pequeno descuido e ela leva tudo que um dia teve o seu nome. O mundo do Boxe também não deve ser muito diferente. Mike era um cara forte. Um homem armado pensaria duas vezes antes de assaltá-lo, tamanho era seu porte.
No início, bastava um bom gancho de direita e a luta já estava decidida. Outras vezes um soco direto ainda não levava o adversário ao nocaute, mas comprometia-o pelo resto da luta. Muitas dessas, aliás, eram apenas uma questão de tempo. Mike era e sempre foi invencível.
O golpe de azar foi o que o tirou do ringue. Do mundo das lutas. E, provavelmente, as dívidas continuaram. Quanto a mim, um empréstimo aqui, um amigo devendo favores ali, e estava de volta à jogatina. Recomecei por baixo. Rainbown Chest, Casino Paradise, Buffalo Bill’s Mine... a ascensão foi demorada. E, no meio da subida, eu estava no Golden Nugget. Os rumores começaram a sonar alto... Mike estava de volta!
Perguntei a um dos serviçais do Cassino se isso era verdade. Ele negou. Mas um colega de Pôker sentou-se ao meu lado e me falou “Não vai ser uma dessas lutas legalizadas, cara!” – e isso me fez questioná-lo. Então ele me contou o que eu não sabia sobre a vida de Mike após aquela derrota que me jogou na lona: Mike tinha saído do mundo das lutas oficiais de boxe, mas acabou virando um lutador de rua profissional. Ele nunca abandonara a luta, no fim das contas. Trabalhou como guarda costas de alguns figurões de Las Vegas. Depois disso, foi achado por um homem misterioso que o contratou como homem de confiança para tratar dos assuntos em território americano.
A melhor parte, no entanto, o colega me contou depois: ele não parou de lutar nem sequer por um dia! E na meia-noite de hoje, nos fundos do Golden Nugget, ele estaria lá, para um desafio. Não era uma luta oficial, mas muita gente ia fazer apostas. Era informação suficiente. Coloquei meu casaco e meu chapéu e fui até a rua pegar mais informações sobre o desafiante. Não parecia grande coisa. Era apenas um japonês vestindo kimono com uma faixa vermelha na cabeça. Bem mais baixo que Mike. Entenda, ele era musculoso, mas parecia um poodle perto de um Rottweiler. Mike ia amassá-lo, como fazia com seus antigos adversários.
A meia-noite chegou e o tal japonês deixou no chão uma pequena mochila branca. Descendo de uma limusine, Mike. Tirou uma capa e exibiu belas luvas vermelhas, o uniforme limpíssimo, impecável. Não tirou a camisa. Bateu um punho no outro, chamando o japonês para a briga.
Ah, aquela sensação! Era o mesmo que estar de volta ao lar! O chapéu de apostas com o nome de Mike passou pela minha frente e lá se foram 500 mil dólares! Ele estava de volta à luta! Eu estava de volta ao jogo!
No início, bastava um bom gancho de direita e a luta já estava decidida. Outras vezes um soco direto ainda não levava o adversário ao nocaute, mas comprometia-o pelo resto da luta. Muitas dessas, aliás, eram apenas uma questão de tempo. Mike era e sempre foi invencível.
O golpe de azar foi o que o tirou do ringue. Do mundo das lutas. E, provavelmente, as dívidas continuaram. Quanto a mim, um empréstimo aqui, um amigo devendo favores ali, e estava de volta à jogatina. Recomecei por baixo. Rainbown Chest, Casino Paradise, Buffalo Bill’s Mine... a ascensão foi demorada. E, no meio da subida, eu estava no Golden Nugget. Os rumores começaram a sonar alto... Mike estava de volta!
Perguntei a um dos serviçais do Cassino se isso era verdade. Ele negou. Mas um colega de Pôker sentou-se ao meu lado e me falou “Não vai ser uma dessas lutas legalizadas, cara!” – e isso me fez questioná-lo. Então ele me contou o que eu não sabia sobre a vida de Mike após aquela derrota que me jogou na lona: Mike tinha saído do mundo das lutas oficiais de boxe, mas acabou virando um lutador de rua profissional. Ele nunca abandonara a luta, no fim das contas. Trabalhou como guarda costas de alguns figurões de Las Vegas. Depois disso, foi achado por um homem misterioso que o contratou como homem de confiança para tratar dos assuntos em território americano.
A melhor parte, no entanto, o colega me contou depois: ele não parou de lutar nem sequer por um dia! E na meia-noite de hoje, nos fundos do Golden Nugget, ele estaria lá, para um desafio. Não era uma luta oficial, mas muita gente ia fazer apostas. Era informação suficiente. Coloquei meu casaco e meu chapéu e fui até a rua pegar mais informações sobre o desafiante. Não parecia grande coisa. Era apenas um japonês vestindo kimono com uma faixa vermelha na cabeça. Bem mais baixo que Mike. Entenda, ele era musculoso, mas parecia um poodle perto de um Rottweiler. Mike ia amassá-lo, como fazia com seus antigos adversários.
A meia-noite chegou e o tal japonês deixou no chão uma pequena mochila branca. Descendo de uma limusine, Mike. Tirou uma capa e exibiu belas luvas vermelhas, o uniforme limpíssimo, impecável. Não tirou a camisa. Bateu um punho no outro, chamando o japonês para a briga.
Ah, aquela sensação! Era o mesmo que estar de volta ao lar! O chapéu de apostas com o nome de Mike passou pela minha frente e lá se foram 500 mil dólares! Ele estava de volta à luta! Eu estava de volta ao jogo!
Continuo achando que esses dois caras aí vão se dar mal. Se eu estivesse lá apostava no japonês.
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