Não me levem a mal, mas Resident Evil tinha tudo pra dar certo nos cinemas: o enredo horripilante no primeiro jogo, a sensação de pânico no segundo, muitos tiros no terceiro, etc. Mas o que Hollywood faz com um jogo que tem tudo pra dar certo? Você pensou em dizer “Cocô”? Acertou, meu amigo!
Basicamente, é isso que os filmes fazem comigo. |
Se eu estiver certo, vocês já entenderam que a série cinematográfica de Resident Evil me enche o saco. Isso se deve especialmente à toda essa “licença poética” que os roteiristas e escritores se deram para contar uma história muito diferente daquela que conhecemos na tela que traduzia os traços do Playstation One. De fato, o universo é semelhante, mas com sérios trechos de “Não esqueça que a Umbrella é poderosa e…”.
Quer mesmo que eu acredite que isso aqui já foi um ser humano??? |
O único Resident Evil 6 que gostei. |
Eu não vou me culpar muito. Tento manter a mente aberta quando se tratam de filmes de games, mesmo se tratando de Resident Evil devido aos motivos que expliquei acima. Eu sei da parte da Colmeia (cenário sagrado para os fãs do filme), dos poderes que Alice possui graças à Umbrella, do computador central que é a cara da filha de um dos presidentes da Umbrella… Sei do Wesker, do Dr. Isaacs e seus clones que juram ser o verdadeiro, e das máquinas criadas para essa nova realidade, a qual 95% da população foi contaminada e os zumbis se tornaram animais quase domesticáveis.
Olha, isso é um apocalipse zumbi. Você não esperava que estivessem todos de banho tomado, né? |
No entanto, o pretexto para que Alice volte à Colmeia, para passar novamente pelas mesmas armadilhas que foram usadas em 2 dos 5 filmes anteriores… que fraco! Parecia que eu estava assistindo um remake do primeiro filme, mas com sérios cortes orçamentários. Alice se reencontra com Claire, OK, nada contra, mas ela estava em uma “tribo” que convenientemente morava perto da sede da Umbrella? Não sei vocês, mas eu senti aí uma severa DESCULPA pra não inovar em nada a fórmula da série de filmes que tem um sucesso bastante questionável…
Wesker x Mal-educado. |
Na cena em que Alice e a (detestável) destemida tribo de Claire entram na Colmeia, Wesker assiste tudo em uma sala de controle. Um dos membros da “tribo” dá o dedo do meio para uma das câmeras, com a certeza de que está sendo assistido. Wesker liga os dutos de ventilação até o personagem em questão ser sugado e dilacerado pelas pás do duto.
Assim que isso acontece, atenção agora: Wesker, tendo a chance de se livrar de todos os ali presentes, incluindo Alice, que claramente quer matá-lo, desliga os dutos e permite que o grupo prossiga sua jornada em busca das cabeças dos mandantes da Umbrella.
Isso não foi só absurdo. Isso foi idiota. Wesker era pra ser um dos caras mais inteligentes do planeta…
E, por fim, A CURA! Sim, porque no universo cinematográfico de Resident Evil, a Umbrella (mesmo desativada) tinha uma cura. E o filme insinua que ela exista desde o primeiro filme. Abusando ainda mais da minha paciência, a inteligência artificial (reciclada) da Colmeia quer a ajuda da Alice porque os protocolos dela a proíbem de machucar os membros da Umbrella, mas não a impedem de contatar terceiros para que o façam.
"Não posso matar, mas vi os filmes da máfia: mando matar mesmo!!!" |
Essa é a cena final. Olha, tem zumbis e tem a Alice… no fim das contas, todos os filmes são iguais. |
E a cena final? O zumbis cercam Alice, preparam-se para come… digo, devorá-la, e ela quebra o vidro com “a cura” no chão, no alto de uma montanha de entulhos. Os infectados caem no chão automaticamente, o que nos leva a duas teorias: o vento sopra em espiral no exato momento em que o vidro é quebrado e/ou o antivírus é mais contagioso do que as músicas do Michel Teló.
Espero que você esteja certa, Alice… Sim, espero mesmo! |
Incoerente, contraditório e, obviamente a maior desculpa para se reaproveitar um cenário.
Esse é meu resumo do “Capítulo final” – Resident Evil 6.
Publicado em 26/07/2017, por Roberto Bier
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