quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

3 ocasiões em que a vida imitou a arte (e pagamos um alto preço)

Numa outra ocasião, eu expliquei que a humanidade não aprende mesmo, por maior que seja o talo resultante do murro dado na ponta da faca. E acredito que as coisas sempre foram assim. Hoje, eu descolei um tempinho pra mostrar 3 das diversas oportunidades que a humanidade teve para ficar calada, mas abraçou uma causa e o resultado foi catastrófico.

Werther e a onda de suicídios


O alemão Johann Wolfgang von Goethe publicou em 1774 sua obra, um marco do Romantismo na Literatura Mundial. O livro conta, através de cartas escritas por Werther endereçadas a um primo, como este se apaixona perdidamente pela jovem Charlotte (ou Carlota, dependendo da tradução). Ela, por sua vez, já é prometida de um outro homem. A vida de Werther não encontra maiores significados se não o de estar sempre ao lado de Charlotte.
Vendo que seus avanços são infrutíferos, ele se afasta dela e de seu prometido, mas não resiste aos impulsos da paixão. Cada "não", cada xingamento e mesmo cada bofetada acabam aumentando ainda mais essa paixão doentia. O protagonista, não vendo saída para a situação, pede uma arma de caça emprestada do noivo de sua amada e com ela tira a própria vida.

domingo, 23 de dezembro de 2018

I have a dream

"Baixa esse celular e me escuta, p*#@!"

Olá pessoas! Sonhando muito? Espero que sim!
Faz muito tempo que não escrevo em blog, que não pratico o texto mais longo e sem pressa de resumo, então peguem leve ao me achar um chato que vai mandar um áudio e te envia um podcast de 8 minutos de áudio e no final ainda fala "nossa, desculpa, me empolguei, perai que vou mandar outro mais curtinho terminando a história!" e manda um outro menor, de 5 minutos.
Mas toda essa ausência não foi toda em vão, tal qual papai noel, eu apareço uma vez por ano mas passei os outros 360 e tantos dias lendo cartinhas e chicoteando gnomos enquanto eles confeccionam brinquedos e roupas da Renner.

Recentemente encontrei um amigo que não via faziam pelo menos 4 anos, foi um momento muito legal e feliz, eu estava com minha digníssima esposa na estação de trem quando íamos passar as catracas e eu vejo-o prestes a passar das catracas ao sair do trem. Foi um abraço muito apertado e sem moderação de animação de duas pessoas que adoraram se ver. Ele estava vindo para a cidade para ir ao funeral de um tio mas mesmo assim ao me ver, um sorriso de um fã de um livro diante do autor não saia do seu rosto. Ele me perguntou como eu estava e como foram esses últimos anos desde que nos vimos, e por um instante eu desejei ser o Mercúrio (da Fox, não aquele bosta do Vingadores 2) e poder listar quais foram os acontecimentos mais marcantes e poder resumir em algo que eu pudesse desacelerar e contar em breves 3 minutos como se estivesse em um open mic, dando uma resposta mais satisfatória do que "ah cara, muita correria, né".

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Sentimento sem poesia

Você me deu flores de primavera
as borboletas que nelas pousaram, nasceram na minha barriga.
As flores murcharam
se decomporão
E eu boba, não queria deixa-las ir.

Não queria, porque junto não se decompôs o amor,
e assim se passaram as semanas.
Com minha primeiras flores murchas.
E talvez, só talvez...
Meu primeiro verdadeiro amor.

O que me fez depois de meses escrever numa noite de insônia.
Sem nenhuma rima ou métrica, porque sentimento nunca obedeceu regra.
Então porque logo o amor tentaria se encaixar nas formas de sofredores poetas?

Pois é, com isso ele não se interessa.
Prefere de mim fazer chacota com as flores mofadas.
Logo eu que nunca me apeguei a nada...

Fiquei presa.
No fim, elas foram embora.
Tinham que ir, mas não sem levarem de mim um pedaço
que me fez sentir por meses a dor de perde-las.
Uma dor que talvez com o tempo possa ser curada só por lembrar que pude tê-las.

Afinal, você me deu flores...
                                     

                                                      Raíra