quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Sentimento sem poesia

Você me deu flores de primavera
as borboletas que nelas pousaram, nasceram na minha barriga.
As flores murcharam
se decomporão
E eu boba, não queria deixa-las ir.

Não queria, porque junto não se decompôs o amor,
e assim se passaram as semanas.
Com minha primeiras flores murchas.
E talvez, só talvez...
Meu primeiro verdadeiro amor.

O que me fez depois de meses escrever numa noite de insônia.
Sem nenhuma rima ou métrica, porque sentimento nunca obedeceu regra.
Então porque logo o amor tentaria se encaixar nas formas de sofredores poetas?

Pois é, com isso ele não se interessa.
Prefere de mim fazer chacota com as flores mofadas.
Logo eu que nunca me apeguei a nada...

Fiquei presa.
No fim, elas foram embora.
Tinham que ir, mas não sem levarem de mim um pedaço
que me fez sentir por meses a dor de perde-las.
Uma dor que talvez com o tempo possa ser curada só por lembrar que pude tê-las.

Afinal, você me deu flores...
                                     

                                                      Raíra




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vai comentar? (Faça login no Google antes.)
Com a palavra, o mais importante membro deste blog: você!