quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Permita se

"ATIRE!"

Olá brasileiro e brasileira que por ventura se sentiu a vontade para dedicar uns minutos à mais um momento "o Dênis está com tempo sobrando e resolveu escrever", e hoje quero levantar uma reflexão (se você imaginou um rapaz levantando um espelho, "parabéns", pensamos parecido).
Começo de ano tem assuntos tradicionais, principalmente em anos de novos mandatos políticos, programas televisivos sobre pessoas diferentes convivendo numa casa enorme disputando um grande prêmio, muitas vezes encarando provas físicas ou mentais para se destacar dos demais em prol do sucesso, evidente que estou falando do Oscar!
Essa cerimônia televisiva que mostra como a população não dá a mínima para as demais premiações do mundo (ou você vai me dizer que sua família acompanha o Globo de ouro?).
Mas eu não vou me estender sobre a premiação, até porque só me caberia comentar que o Pantera Negra estar concorrendo à Melhor Filme é um marco histórico nessa indústria de pouco mais de 120 anos, depois de 90 edições da premiação onde meia dúzia de mulher foram indicadas à melhor direção e dessas, uma só ganhou (e eu desafio-o à comentar quem é ela sem pesquisar no Google), acho bacana um filme tão representativo estar "nas cabeças".
Eu quero falar de cinema, mas do Nacional. Sim, do Brazuca, do José Mojica, do Jorge Furtado, do Zé Padilha, e agora, do Daniel Rezende!

Eu cansei de ouvir pessoas, ao serem abordadas sobre cinema nacional, lembrarem só dos filmes ruins (estou falando com vocês, filmes com globais) mas elogiam apenas os consagrados (Auto da Compadecida, Tropa de Elite, 2 filhos de Francisco, Lisbela e o Prisioneiro, entre outros).
À alguns anos, o então montador responsável pelo toque magistral do sucesso de "Tropa de elite" estreou na direção com "Bingo, o Rei das Manhãs", onde podemos ver que globais quando em um projeto com alma e uma direção focada no cinema de verdade sem tentar agradar o público que vive sendo tratado como burro (né antiga Zorra Total?) trouxe um filme emocionante e impactante como o cinema brasileiro bem sabe fazer (né "Bruna Surfistinha"?), mas poucas pessoas deram atenção, poucas pessoas prestigiaram, eu diria que o nosso palhaço perdeu para o palhaço gringo, que tem o fator "os estados unidos que sabem fazer filme! Brasileiro é só putaria e piada de churrasco (estou falando com você, filme do Paulinho Gogó que parece aquele filme do Adam Sandler com mais 3 comediantes numa casa de veraneio aprontando mil e umas).

Esse ano, esse diretor nos trará a primeira adaptação live action da Turma da Mônica, baseada na história em quadrinhos desenhada pelos irmãos Vitor e Lu Cafaggi, partindo de um projeto do editor Sidney Gusman, que junto do mestre Maurício de Sousa, pai da turminha, trouxe uma nova cara para os seus personagens, um deles inclusive ganhando uma animação para a HBO! (Parabéns por essa, Danilo Beyruth e Cris Peter!)

O que eu quero com esse texto é te convidar à não resumir o cinema nacional à alguns filmes feitos apenas pra gerar dinheiro e não trazer nada de novo, e não assistir apenas ao filme da Turma da Mônica, mas fazer como os leitores do selo Graphic MSP que nos trouxe obras como "Laços" (a história que veremos adaptada no meio do ano) e conhecer mais filmes nacionais! Não espere cair no seu feed, vá atrás!
Permita se surpreender, permita se decepcionar, enfim, permita se!

Muito obrigado por ter lido até aqui, fique a vontade pra comentar o que lhe veio à mente ao ler o texto acima!

Permita me responder os comentários logo abaixo :-)

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