Não gosto muito de citar os nomes dos caras nos contos que posto aqui no blog. Mas esse é diferente, porque reúne a equipe de Canoas com quem trabalhei durante 4 anos.
Então eu vou contar o sonho e explicar a ligação deles entre sonho e realidade.
A minha empresa estava cuidando nada menos do que de uma colônia lunar. Até aí, pode parecer fantástico e entusiasmante, mas no sonho o trabalho era tão comum que não nos despertava a menor empolgação.
Nossa base, internamente, lembrava-me muito o escritório em que trabalhei com esses colegas que me referi na introdução...
Começamos vestindo os trajes de astronauta, enquanto o Carlos nos explicava que aqueles trajes eram novos e vinham com um teclado (caso quiséssemos enviar mensagem a ele) acoplado ao braço (como aquela roupa no filme “O segredo do abismo”). Nesse mesmo braço estava um maçarico (ao estilo Megaman), já que nossa missão naquela data era soldar algumas unidades de Silo espacial (que eram umas cápsulas esféricas de metal branco beeeem lunar mesmo).
[Na realidade, o Carlos ficou de chefe da minha divisão nas férias do Marcos, esse era o chefe titular, isso bem na época do sonho.]
Eu estava achando a explicação um pouco massiva, e concluí que era só esperar pelos colegas, afinal, eu já sabia o que fazer, e não estava a fim de saber o porquê. E acredito que deixei de ouvir um alerta importante do qual Carlos estava tentando nos passar...
Por último, Carlos deu a informação de que poderíamos falar normalmente uns com os outros, pois havia microfones e fones de curto alcance nos trajes, mas coisa da qual estávamos acostumados.
O Tiago formou dupla comigo. Cassius fez dupla com o Cláudio. O Acir não tinha duplas, mas dirigia uma espécie de trator ou empilhadeira lunar de seis rodas que até dava um pouquinho de inveja. Abrimos a plataforma de descompressão já com os trajes e pisamos na superfície da lua.
Cláudio e Cassius logo se separaram para render mais. Tiago e eu fomos logo a uma cápsula grande. Eu segurava paredes grandes da cápsula e o Tiago soldava. [Em ocasiões normais eu até brigaria para soldar algo no espaço, se isso fosse fisicamente possível. Mas o sonho me fazia encarar tudo como uma realidade enfadonha.]
Logo, perdemos de vista Acir e sua máquina. Estava recolhendo destroços das capsulas irrecuperáveis. Eu segurava aquelas paredes e, de vez em quando eu olhava pequenas coisas em minha volta através do reflexo que se dava no capacete do Tiago, pois eu tinha de estar de frente para ele na maior parte do tempo. Isso enquanto eu ouvia “Isso. Segura mais rente. Espera...”
Finalmente o sonho descambou para a ação. Um dos reflexos no capacete dele tinha uma aranha pequenina, roxinha e com a cabeça destacada do corpo. Eu fiquei em dúvida se ela estava dentro do capacete ou se era só um reflexo. Repentinamente Tiago falou para irmos para a próxima cápsula.
Fomos a uma cápsula maior e então avistei o Cassius [que, cá pra nós, era o mais pavio curto do grupo] segurando a aranha pelo pescoço e batendo na cabeça dela com o maçarico. Eu fiquei por longos segundos tentando registrar o que estava acontecendo ali, e então disparei a pergunta, como se estivesse indagando algo corriqueiro:
- Tiago... olha lá! Será que o Cassius não via causar um desentendimento diplomático interagindo com aquele ser dessa forma?
- Minha nossa! Cara, ele não pode fazer isso!!! – Exclamou o Tiago alto ponto de termos microfonia nos comunicadores.
Ele então largou uma das placas que estávamos soldando e foi correndo apaziguar a situação. Eu lembro de vê-lo falando com o Cassius com olhar sério, mas compreendendo que a atitude não ajudaria. Depois, a aranha roxa, também com olhar mal-humorado, parecia assimilar o que o Tiago dizia. Até que ela lhe picou no braço.
Após isso, nossa missão teve de ser abortada. A aranha se mandou e deixou o Tiago literalmente verde. Tentamos mover seu corpo, já paralisado, mas só o Acir com aquela máquina, conseguiu removê-lo (pois o corpo dele havia ficado muito pesado com a picada).
Voltando à base (já parecia ser outro dia de trabalho), o Carlos nos passou novas instruções, adicionando “jamais cometer atos hostis nesses casos...” e, ao final, justificou a ausência do Tiago, dando play em um vídeo no computador.
Nele estava o Tiago em uma sala-ambulatório. Em cima de uma cama de hospital. Ele explicava que sentia tontura, frio e medo. (Aliás, essa é a parte tenebrosa do sonho todo. Ele olhava para a câmera com os olhos vermelhos e podíamos ver uma infecção no braço picado.)
[O Tiago ajudava o Carlos na ausência do Marcos, e nessa época teve um problema de pele que até rendeu um atestado.]
Acredito que esse sonho tenha sido uma manifestação do inconsciente que cruzou informações de alguns filmes que assisti no dia anterior. Um desses filmes era Apolo 18 (falso documentário sobre a lua estar ocupada por alienígenas)
Trajes, criaturas e veículos, agora que estou consciente, lembram-me os robôs do Metal Warrior, do Super Nes.
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