Mãos e tochas acesas! Subimos a escada espantando a escuridão. Nos deparamos com uma nova porta. Dessa vez, eu mesmo abaixei a maçaneta. Sem sucesso.
- Biertrus, a chave. Use a chave que encontrou no livro! - exclamei.
Ansiosos, aguardamos pela abertura da porta, mas Biertrus não conseguiu abri-la.
- Eu tento! - Disse Bierdus. Eu senti um tom de arrogância em sua voz, mas eu poderia estar errado, depois da conversa que tivemos. Talvez fosse o jeito de ele lidar com as pessoas. Mas na ocasião, aquilo escapuliu de minha mente.
- Nada feito! A maldita chave não se ajusta à maçaneta. - Lamentou ele.
- Que tal voltarmos por onde viemos? - Sugeriu Bierfur.
Olhamos uns para os outros, mas o que mais poderíamos fazer? A porta era maciça para se abrir à força. Tinha outro jeito? Olhamos para a porta que nos separava do inferno. E por azar, havia nos cantos mais sinistros da caverna aberturas de onde novos Demônios do Fogo já haviam visto os corpos dos irmãos, uniram-se aos restantes e agora queriam queimar os nossos corpos.
Ah, Sam, que sorte a minha! Leitura da Pedra Rúnica de Gelo, uma após outra, e os malditos, que já estavam conjurando uma grande magia de fogo, reagiam com aparente dor. Sim, eu queria congelar-lhes as almas! Biertrus jogava flecha atrás de flecha com seu arco, sem dificuldade em acertá-los. A passagem foi rápida, pois naquele momento sabíamos o caminho. Como Biertrus parecia ser o mais hábil, formamos uma parede com nossos livros de magia (Bierfur e eu) e com o escudo de Bierdus. Logo, Biertrus conseguiu nos resgatar do buraco por onde entramos.