A ajudante
Sagal Orius havia decidido encontrar outro alojamento. Zago decidiu ir com ele, afinal, eles já estavam em um nível bem mais alto. Sagal comprou uam casa na cidade de Carlin.
Ah, mas e quanto à carta? A carta da professora Estrella dizia que ele havia entregue um Cajado Vórtex a uma aluna que necessitaria de um tutor. E eu teria sido o escolhido.
O tempo já havia passado, meu amigo. Andrezinho tinha os cabelos longos e carregava uma espada muito afiada que ganhou de um admirador. Como ele andou muito tempo com uma espada longa que necessitava as duas mãos, decidiu, então, usar um escudo velho e partiu à civilização das amazonas. Eu, por outro lado, já estava com os cabelos compridos e minha barba tornou-se longa. "Como um mago deve ser", dizia Grazi. Grazi foi ajudar Sagal na mudança, fato que me deixou sozinho no porto de Venore.
Horas se passaram enquanto eu esperava. De repente, uma jovem de olhos claros vestindo uma capa vermelha parou na minha frente. Ela sorriu.
- O senhor é quem vai ser o meu tutor?
- Eu sou Bierum Wizzard, filho dos Wizzards. Serei, sim, o seu tutor enquanto você viver em Venore. Você, minha jovem, poderá me chamar de Bierum. Qual o seu nome?
Ela abaixou a cabeça e levantou num sorriso.
- Eu sou Milla Cartezini. Eu quero saber tudo que você sabe, Bierum.
- Certo, vamos pegar suas coisas e vamos ao alojamento.
- O senhor não tem um palácio ou um castelo?
- Não, minha querida. É o tipo de construção que se consegue em passos curtos e numerosos, mas sempre constantes.
Nosso alojamento abrigava 4 pessoas. Minha aluna olhava para tudo. Isso incluía meu Cajado do Dragão.
- Não toque nisso! Alguém sem conhecimentos em magia intermediária não deve manuseá-lo!
Milla enquietou-se. Olhou a mim e indagou:
- Um dia terei um desses?
- Talvez até este mesmo...- respondi.
Fomos até o alojamento principal, "O Depósito". Ali, avistei Aart Supo. Estranhamente, ele não carregava mais as lanças que dirigiu a mim em uma outra ocasião. Ele segurava um "Bastão da Lua". Ele parecia triste, e fingia que não havia me visto. na verdade, o código de Honra tibiano proíbe qualquer ataque dentro do Depósito, sob as mais severas punições.
Pedi a Milla que ajeitasse equipamento de exploração, pois iríamos à caverna do pântano. Sim, o encontro com Aart Supo lembrou-me da caverna. Preferi não contar a ela quem era esse adversário. Por falar nisso, o que acontecera com ele? Será que pagou o preço por sua arrogância?
Depois de uma hora de caminhada, chegamos à caverna dos trolls. Entrei na frente ostentando meu escudo. Milla me seguia. Enquanto eu defendia o ataque dos Trolls, Milla os atacava. Pronunciei as palavras mágicas da luz e só os trolls valentes ficaram. Mas seu número continuava aumentando. Alguns comiam uma folha de alguma planta e partiam ao ataque dizendo "mim forte". As coisas poderiam ficar mais sérias... então coloquei o Cajado do Dragão em prática.
Cercados, finalmente Milla para e me pergunta o motivo de estarmos ali. Expliqueia ela que eram muitos, poderiam tomar conta de Venore se crescessem sem controle. Ainda mais os que nos atacavam. Alguns minutos depois, entre ataques do Vórtex de Milla e de meu Dragão, eles recuaram e colocaram moedas douradas sobre uma mesa, em um quarto com a porta aberta.
Antes que eu pudesse pensar em qualquer coisa, como a possibilidade de uma armadilha, Milla havia entrado no quarto e colocava as moedas dentro de sua mochila. Na cama desse quarto, havia uma figura humana deitada. Milla imaginou que fosse um prisioneiro, o qual eu só havia reparado quando entrei no quarto, atrás dela.
- Você está livre! Nós viemos te salvar! - dizia Milla, empolgada com a descoberta.
O homem apenas virou-se e a segurou pelo braço, tentando dar-lhe uma mordida. Os olhos claros de Milla ficaram pequenos, mas também avermelhados, pois desferi um ataque com meu cajado.
- Solte-a, pavoroso! É tolice atacar dois magos como nós!!!
Meu grito "acordou" Milla, que fez de sua face fechada e também o atacou. Seu corpo caiu no chão, pegamos o ouro dos trolls e saímos do quarto. Virei-me apra a porta e ele levantou-se de novo. Fechei a porta e preparei nossa retirada estratégica. "Ótimo, um zumbi imortalizado."
Chegamos até o buraco por onde entramos, não sem lutar, pois os trolls ainda queria no segurar até que o zumbi nos alcançasse. "Não são muito espertos, mas até que são engenhosos..." Usei a corda e puxei Milla primeiro até a superfície. Ela me ajudou a subir também. No campo, fazia-se noite.
Pegamos nossas coisas e fomos caminhando rumo a Venore. No caminho, Milla tropeçou e bateu os joelhos. Eu voltei e a ajudei a levantar-se. Vendo que seria doloroso para ela continuar, carreguei-lhe nas costas.
- Professor... - dizia ela, exausta - ...ainda há muito disso a se fazer?
- Sim, minha jovem, mas poderemos descansar por um tempo. Agora que temos esse ouro, podemos fazer compras.
Chegamos ao alojamento. Coloquei Milla na cama, que dormiu instantaneamente. A cama de Andrezinho estava vazia. Grazi dormia com uma carta em sua mão. Ela parecia feliz. Não lia tal carta, ma a luz da vela iluminou o suficiente para ver um grande "S.O." na assinatura.
Comecei a separar o ouro para as compras. Larguei peixes em nosso estoque. Finalmente fui para a cama. Eu estava cansado. Assim como você deve estar, meu bom amigo. O dia das compras, a viagem de Andrezinho, a vida de Sagal e Zago em Carlin... tudo isso será revelado. Depois que você descansar.
^^ adoro ler o q vc escreve. ti amo meu irmao
ResponderExcluirLi essa crônica ontem. Muito bem escrita.
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