sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Me deixe no escuro.

Eu apenas notei;
Quando já era tarde;
Não percebi que estava;
No mais profundo abismo;

Olhei aos lados e só vi sombras;
Trevas me acariciavam;
E no unico vão que existia;
Só podia se ver as estrelas;

Eu de alguma maneira tentei achar meu caminho de volta;
Subi as paredes nojentas;
Com as minhas mãos calejadas;
A cada segundo eu chegava mais perto das estrelas;

Quando saí do abismo;
Não tinha mais volta;
A escuridão me dominou;
O mundo em minha volta era sujo;
Imundo;

Eu fui contaminado pela verdade;
E nada mais é o que deveria ser;

Mentiras;
Sonhos quebrados;
Fantasias distorcidas;
Gritos abafados;

O circo mais doentio que poderia existir;

Eu voltei ao abismo;
Pois só lá a luz não me tocava;
E fiquei lá;
Marinando na minha propria miseria.
Gabriel Borges A. Vargas
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Sempre siga as vozes das profundezas.

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