domingo, 27 de abril de 2014

As Crônicas Tibianas - Cap.72

Conhecendo a Biblioteca de Jakundaf

Mãos e tochas acesas! Subimos a escada espantando a escuridão. Nos deparamos com uma nova porta. Dessa vez, eu mesmo abaixei a maçaneta. Sem sucesso.
- Biertrus, a chave. Use a chave que encontrou no livro! - exclamei.
Ansiosos, aguardamos pela abertura da porta, mas Biertrus não conseguiu abri-la.
- Eu tento! - Disse Bierdus. Eu senti um tom de arrogância em sua voz, mas eu poderia estar errado, depois da conversa que tivemos. Talvez fosse o jeito de ele lidar com as pessoas. Mas na ocasião, aquilo escapuliu de minha mente.

- Nada feito! A maldita chave não se ajusta à maçaneta. - Lamentou ele.
- Que tal voltarmos por onde viemos? - Sugeriu Bierfur.

Olhamos uns para os outros, mas o que mais poderíamos fazer? A porta era maciça para se abrir à força. Tinha outro jeito? Olhamos para a porta que nos  separava do inferno. E por azar, havia nos cantos mais sinistros da caverna aberturas de onde novos Demônios do Fogo já haviam visto os corpos dos irmãos, uniram-se aos restantes e agora queriam queimar os nossos corpos.

Ah, Sam, que sorte a minha! Leitura da Pedra Rúnica de Gelo, uma após outra, e os malditos, que já estavam conjurando uma grande magia de fogo, reagiam com aparente dor. Sim, eu queria congelar-lhes as almas! Biertrus jogava flecha atrás de flecha com seu arco, sem dificuldade em acertá-los. A passagem foi rápida, pois naquele momento sabíamos o caminho. Como Biertrus parecia ser o mais hábil, formamos uma parede com nossos livros de magia (Bierfur e eu) e com o escudo de Bierdus. Logo, Biertrus conseguiu nos resgatar do buraco por onde entramos.

domingo, 20 de abril de 2014

Tempestade.


Todo dia está tempestade;
Todo dia eu acordo;
Morto;

Meus desejos são demonios;
Meus sonhos são muito para hoje em dia;
Minhas ideias são corrompidas;
E o meu amor está a sete palmos;
Eu tenho medo do meu coração;
Nas noites escuras;
Eu tenho medo dele;
Nas horas da dor;
Ele me lembra exatamente quem eu sou;

Por favor deixe minha alma em paz;
Meus gritos silenciosos;
Já não podem ser mais escutados;
Minhas lagrimas ensaguentadas;
Secam como corpos no deserto;

Não adianta correr;
Não adianta fugir;
Não adianta se esconder;
Ele está lá;
Para te lembrar;
Que você jamais vai fugir do amanhecer;

Bem-vindo a escura;
Suja;
Doentia;
Maquinaria de minha mente. 
Gabriel Borges A. Vargas

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Um pequeno tributo a uma banda que amo.

sábado, 19 de abril de 2014

Olá.

Sozinho;
Volto para casa.
No caminho;
Em um barraco velho;
Caindo aos pedaços;
Encontra-se um homem alegre;
Doente;
Porém contente.

Seus dentes eram podres;
Seus olhos estavam se apagando;
Seus fios de cabelo podiam ser contados;
Mas ele era feliz.

E dessa boca suja;
Nasce um sorriso;
Como uma lança que atravessa o coração;
Limpando a escuridão;
Dessa mesma boca com os dentes amarelos;
Pode se ouvir um "olá".

As sombras que me perseguiam;
A escuridão que o meu mundo se tornou;
Por uma fração de segundos;
Receberam uma pequena dose de luz;
De alguém que não tem nada.

A luz se acabou;
Mas fica a lembrança;
Do velho que mesmo tendo nada;
Sorria como se tivesse tudo;
E iluminava, mesmo que por um minuto, os vultos perdidos pelo mundo.

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Gabriel Borges A. Vargas

O velho foi internado, o barraco se tornou uma casa para abastados. Mas as lembranças dos sorrisos, jamais se apagarão.




Só.


Me devore;
Me possua;
Me faça de boneco;
Mas não me faça mais sentir este vazio.

Eu vou te destruir;
Eu vou acabar com você;
Cada pensamento seu;
Será a sua ruina;
E eu estarei lá;
Para te consumir;
Para te esmagar;

Dizem que eu sou aquele que afasta a escuridão;
Afasta as tristezas;
Mentiras;
Apenas mentiras;

No eclipse;
Na noite escura;
Na hora mais triste de sua vida;
Eu estarei lá para lembrar;
Que você está...

SOZINHO.

Eu sou nada mais;
Nada menos;
Que a causa de você acordar morto todas as manhas.

O meu nome é dito por todos;
Mas poucos sabem o real significado dele;
O meu nome é...

AMOR.
Gabriel Borges A. Vargas.
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Eu não queria que fosse assim, mas sempre é.


terça-feira, 15 de abril de 2014

Introdução e Fome


Uma série de fatores nos anos 2000... nos mostrou que estávamos muito próximos do fim dos tempos. Fatos como o que conto hoje... fatos como a morte, vamos dizer "acidental", de Billy Muller.

Billy Muller se proclamava “O Provocador”. Ele tinha de 20 a 30 reféns, amarrados dentro de um banco. Assalto atípico, muita violência. A SWAT estava a postos, mas, além de mascarados, colocaram máscaras em outras vítimas, tornando os disparos dos franco-atiradores um bocado incertos. 


Numa ocasião dessas, o superintendente da unidade “UNExS” (United Nations Extreme Solutions) teria soltado a Morte. Com um simples toque deixaria inerte qualquer ser vivente. Mas não foi o que ele fez.